Ponto de Vista

 
13.07.2004  
   

Projeto de animação e sua importância curricular

A produção áudio-visual vem crescendo mundialmente e são inúmeras as oportunidades de emprego na área de animação. Festivais como Anima Mundi reúnem diversos trabalhos do mundo e desperta grande interesse entre os jovens programadores. O Olhar Virtual traz uma entrevista com um especialista em animação. O professor Rui de Oliveira, da Escola de Belas Artes, leciona há 22 anos na instituição e já trabalhou como diretor de arte da Rede Globo e TV Educativa. Atualmente, ele realiza o projeto: “Oficina de Animação Animagem”, na UERJ, e pretende trazer esse projeto para UFRJ através de um convênio entre as universidades.
“Na verdade, esse projeto foi pensado e estruturado há sete anos para ser implantado na UFRJ, mas, infelizmente, não houve recursos na época e acabou sendo realizado na UERJ”, afirma o professor. Segundo ele, a Escola de Belas Artes tem a melhor capacitação de mão de obra, sendo os alunos os mais preparados para desenvolverem trabalhos nessa área. Inclusive, a equipe que trabalha com o professor na UERJ é composta por alunos da EBA. “Outras universidades realizam projetos em 3D, como a UFMG e USP, mas o Rio é o único lugar em que se desenvolvem projetos em 2D, como é o nosso”. O professor adaptou as técnicas adquiridas por ele, enquanto estudou nos Estados Unidos, para o seu atual projeto e realiza de forma pioneira filmes em 2D.
Apesar de existir um potencial humano na UFRJ, não há uma estrutura capaz de administrar um curso de animação. “Uma disciplina de animação exige um instrumental, como certo número de computadores. Não adianta ficar na teoria, seria enganar o aluno”. Ele acredita que na atual gestão esse projeto possa chegar à universidade, já que há interesse por parte da direção da EBA e apoio da reitoria.
“A universidade deveria dar maior atenção ao curso, já que a demanda é grande e o campo de atuação dos animadores é vasto, como difusão científica, internet, indústria de brinquedos (jogos eletrônicos), publicidade e televisão. Ou seja, o mercado está se expandindo e os alunos podem ser mais aproveitados”, completa Oliveira.

 

 

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