Ponto de Vista

 
22.06.2004  
   

Importância da extensão do curso superior no interior do Estado do Rio de Janeiro
Entrevista com a profª. Déia Maria Ferreira, superintendente da Pró-reitoria de Graduação

Antes de falar do ensino superior no interior do Estado, deve-se mostrar que, segundo os índices do ensino superior no Brasil, apenas 9% da população brasileira está cursando o ensino superior, sendo ampla maioria, estudantes nas grandes capitais.
No Rio de Janeiro, por exemplo, são cinco universidades públicas (UFRJ, UERJ, UFF, UNIRIO e CEFET) num raio de 60 km. Portanto, o núcleo dessas instituições está no centro urbano do Rio.
Embora haja outras universidades públicas, como a RURAL, a UENF e a UFF, já interiorizadas, a UFRJ começa se interiorizar com ensino à distância, tendo alunos em dez pólos diferenciados, que vão do Noroeste Fluminense ao Sul Fluminense. Isso representa um avanço porque a instituição pode levar o ensino superior para estudantes que não conseguem ou não podem sair de suas casas, seja por estarem impossibilitados de se afastarem de suas famílias ou por não terem condições de se sustentar nas grandes cidades.
Portanto, esse ensino, proveniente das universidades públicas, especificamente da UFRJ, quando atende dez pólos diferentes, ou seja, dez públicos de regiões distintas, como no caso do ensino de ciências biológicas e física, traz o reconhecimento da própria comunidade e o desenvolvimento, em longo prazo, da região.
Um exemplo dessa extensão é o Núcleo de Pesquisas Ecológicas de Macaé (NUPEM), realizado pela UFRJ. O núcleo reúne pesquisadores do Instituto de Biologia da UFRJ, que desenvolvem na região e nos treze municípios próximos, um papel fundamental na área de pesquisa científica, gerando informações pioneiras para todo país, que além de atender professores e alunos das escolas públicas do município, fornecem formação continuada, reconhecendo as lagoas e restingas do local.

 

 

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