Pesquisadoras
da UFRJ patenteiam substância capaz de matar tumores
As pesquisadoras Cerli Rocha Gattass, Vivian Rumjanek e a doutoranda
Janaína Fernandes, da UFRJ, prometem dias melhores para os
pacientes com leucemia ou que apresentam resistência a vários
quimioterápicos.
O grupo acaba de depositar um PCT (Patent Cooperation Treaty, que
cobre 122 países) de uma substância isolada do arbusto
Chrysobalanus icaco, cujo nome popular, no Rio de Janeiro e em São
Paulo, é Abajeru. A substância, ácido pomólico,
além de já ter apresentado excelente atividade contra
tumores sólidos como de mama, de pele e de pulmão
e contra a leucemia, surpreendeu as pesquisadoras brasileiras devida
a sua atividade anti-resistência a múltiplas drogas
(MDR).
A MDR é um dos maiores obstáculos para os pacientes
com câncer, pois os mesmos não apresentam resposta
satisfatória a diferentes tratamentos quimioterápicos.
A Dra. Raquel Maia, do Inca, já testou a substância
em linhagens derivadas de pacientes com leucemia e com resistência
a múltiplas drogas e obteve excelente resultados sobre as
células tumorais. O Chrysobalanus icaco é um arbusto
de dois a quatro metros de altura, encontrado, principalmente, na
América Tropical e na África Ocidental.
A amostra usada na pesquisa foi purificada, pelo grupo de Maria
Auxiliadora Kaplan, também da UFRJ, de material recolhido
no Rio de Janeiro. Vale destacar que 60% dos produtos utilizados
para tratar doenças infecciosas e câncer, disponíveis
no mercado ou em testes clínico, são oriundos de produtos
naturais o que indica ser a biodiversidade brasileira uma importante
fonte de recursos a ser investigada.
Jornal do
Brasil – Online
Publicado dia 21 de outubro, terça-feira.
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