Mais gente disputa uma vaga na UFRJ este ano
A
disputa por uma vaga na UFRJ no vestibular 2004 promete ser mais
difícil do que no exame passado: são 53.173 inscritos,
cerca de sete mil a mais que no concurso anterior. E a procura não
é somente pelos cursos mais tradicionais. Quatro dos seis
cursos lançados este ano estão entre os mais disputados:
engenharia de petróleo (a segunda carreira mais concorrida,
com 21,8 inscritos por vaga), engenharia de computação
e informação, engenharia ambiental e engenharia de
controle e automação. No topo do ranking, mais uma
vez deu medicina (33,3 para cada vaga).
— O aumento do número de inscritos mostra que os estudantes
continuam reconhecendo a qualidade dos cursos da UFRJ — diz
Deia Maria Ferreira, supervisora geral da pró-reitoria de
graduação da UFRJ, que comemora o sucesso dos novos
cursos. — São carreiras ligadas às necessidades
do estado e do país.
O número de inscritos no concurso 2004, segundo a comissão
do vestibular da UFRJ, não é o maior da instituição,
que já teve uma média de 60 mil candidatos em anos
anteriores. O recorde foi em 1989, quando pela primeira e única
vez as inscrições foram gratuitas e a UFRJ recebeu
112 mil candidatos.
— Foi uma loucura corrigir tantas provas discursivas —
lembra Luiz Otávio Teixeira Mendes Langlois, atual coordenador
acadêmico do vestibular da UFRJ, que na época também
fazia parte da comissão do concurso.
Os cursos nos quais o número de inscritos cresceu mais foram
os de engenharia, com um aumento de 30%, e ciências biológicas
modalidade médica, com o mesmo índice. Já em
medicina a quantidade de candidatos aumentou 24%.
O reitor da universidade, Aloísio Teixeira, diz que o acirramento
da concorrência em algumas carreiras comprova que o vestibular
ainda é um sistema injusto.
— Montamos uma comissão para estudar formas de democratizar
o acesso à universidade. Quem sabe avaliar o estudante ao
longo do ensino médio pode ser uma alternativa ao vestibular
— sugere Aloísio, lembrando que um maior número
de inscritos aumenta os custos do concurso. — Somos uma universidade
pública e, por isso, defendo a gratuidade da inscrição.
Mas se não cobrarmos a taxa (este ano foi de R$ 80) , a seleção
não sai. Como vamos pagar a banca de correção,
por exemplo?
Ediane Merola
O Globo - Caderno Megazine
Publicado dia 07/10, terça-feira.
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