De Olho na Mídia

 
07.10.2003  
   

Mais gente disputa uma vaga na UFRJ este ano

A disputa por uma vaga na UFRJ no vestibular 2004 promete ser mais difícil do que no exame passado: são 53.173 inscritos, cerca de sete mil a mais que no concurso anterior. E a procura não é somente pelos cursos mais tradicionais. Quatro dos seis cursos lançados este ano estão entre os mais disputados: engenharia de petróleo (a segunda carreira mais concorrida, com 21,8 inscritos por vaga), engenharia de computação e informação, engenharia ambiental e engenharia de controle e automação. No topo do ranking, mais uma vez deu medicina (33,3 para cada vaga).
— O aumento do número de inscritos mostra que os estudantes continuam reconhecendo a qualidade dos cursos da UFRJ — diz Deia Maria Ferreira, supervisora geral da pró-reitoria de graduação da UFRJ, que comemora o sucesso dos novos cursos. — São carreiras ligadas às necessidades do estado e do país.
O número de inscritos no concurso 2004, segundo a comissão do vestibular da UFRJ, não é o maior da instituição, que já teve uma média de 60 mil candidatos em anos anteriores. O recorde foi em 1989, quando pela primeira e única vez as inscrições foram gratuitas e a UFRJ recebeu 112 mil candidatos.
— Foi uma loucura corrigir tantas provas discursivas — lembra Luiz Otávio Teixeira Mendes Langlois, atual coordenador acadêmico do vestibular da UFRJ, que na época também fazia parte da comissão do concurso.
Os cursos nos quais o número de inscritos cresceu mais foram os de engenharia, com um aumento de 30%, e ciências biológicas modalidade médica, com o mesmo índice. Já em medicina a quantidade de candidatos aumentou 24%.
O reitor da universidade, Aloísio Teixeira, diz que o acirramento da concorrência em algumas carreiras comprova que o vestibular ainda é um sistema injusto.
— Montamos uma comissão para estudar formas de democratizar o acesso à universidade. Quem sabe avaliar o estudante ao longo do ensino médio pode ser uma alternativa ao vestibular — sugere Aloísio, lembrando que um maior número de inscritos aumenta os custos do concurso. — Somos uma universidade pública e, por isso, defendo a gratuidade da inscrição. Mas se não cobrarmos a taxa (este ano foi de R$ 80) , a seleção não sai. Como vamos pagar a banca de correção, por exemplo?

Ediane Merola
O Globo - Caderno Megazine
Publicado dia 07/10, terça-feira.

 

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