A
popularização da ciência
A
ciência sempre foi mistificada. As vastas áreas de
conhecimento e cultura que ela oferece são pouco aproveitadas
por causa da barreira que existe entre a ciência e o caráter
humano. Está na hora de o assunto “ciência”
deixar de ser considerado “papo futurista e lunático”,
e ser divulgado para a população. Isso é o
que querem a equipe técnica da Casa da Ciência e o
diretor do Instituto de Química da UFRJ, professor Angelo
da Cunha Pinto.
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Ângelo
da Cunha Pinto
Diretor do Instituto de Química
Para
uma po-pulação acos-tumada a as-sistir “O
Fan-tástico” da Rede Globo de Televisão,
o desfile da Uni-dos da Tijuca será uma aula de ciência
para muitos dos que estarão nos camarotes e nas arquibancadas
do Sambódromo. É preciso se contrapor a essa
visão deturpada do que é ciência, desmistificar
a figura do cientista que, para muitos brasileiros, ainda
é a do físico Albert Einstein com a língua
para fora e cabelos desalinhados. Nesse sentido, a exaltação
à ciência na passarela do samba é uma
forma inteligente de divulgação científica.
A idéia de que ciência só serve para
fazer armas de destruição em massa permanece
no inconsciente coletivo da população, que
ainda não superou o trauma da bomba atômica
jogada sobre o Japão durante a segunda guerra mundial.
Se a imagem da ciência é ruim, isto se deve
em grande parte aos próprios cientistas, que estão
mais preocupados com os indicadores de ciência e tecnologia,
para obter financiamento para suas pesquisas, do que propriamente
popularizar a ciência através de seus grandes
feitos para a humanidade.
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Equipe
Técnica
Casa da Ciência
A
Casa da Ciência tem se caracterizado co-mo um espaço
de experimentação em popularização
da ciência, reali-zando eventos e atividades com
diferentes linguagens.
A aproximação com o carnaval surgiu em 2003,
quando a Casa, em parceria com o Projeto Portinari e o
Grêmio Recreativo Escola de Samba Paraíso
do Tuiuti, contou uma história diferente: Portinari
nos ateliês do samba, exposição que
mostrou parte importante do processo que acontece antes
da avenida. Desse encontro, nasceu a parceria com o carnavalesco
Paulo Barros, que contou com a equipe da Casa na elaboração
de um enredo que une arte e ciência, para o carnaval
de 2004. O enredo “O Sonho da Criação
e A Criação do Sonho: A Arte da Ciência
no Tempo do Impossível” apresenta uma inusitada
viagem, que percorre passado, presente e futuro, mostrando
os sonhos e a criação dos sonhos que fizeram,
fazem e farão a arte de transformar o impossível
em ciência.
Grandes descobertas da ciência e inventos que mudaram
a história e hoje fazem parte do nosso cotidiano
vão entrar na Passarela do Samba, no desfile da
Unidos da Tijuca, para que o público descubra que
ciência também se faz com fantasia, sonho
e arte.
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