Niemeyer
faz projeto para UFRJ
Caminhando
com as limitações de um carioca que nasceu em 1907,
ele olhou para o terreno e disse: “É uma área
muito bonita”. Frase mais que suficiente para animar a todos
os que cercavam o arquiteto Oscar Niemeyer, em sua visita ao campus
do Fundão, no dia 23 de março. A convite do reitor
Aloísio Teixeira, o autor de grandes obras em Brasília
e de tantos outros monumentos espalhados mundo afora, irá
projetar um centro de convivência na UFRJ, que pretende abrigar
as 26 bibliotecas existentes no Fundão, auditório
para eventos e espaço dedicado ao Diretório Central
dos Estudantes.
Segundo
Paula Mello, Coordenadora do SiBi – Sistema de Bibliotecas
e Informações, o memorial que sustenta a idéia
do projeto procura agregar o conjunto das bibliotecas. “Partimos
do máximo, para depois ajustar o projeto as reais adesões
das Unidades da UFRJ ao novo espaço na universidade”.
Os dados impressionam: cerca de 26 mil pessoas circulam atualmente
nestas 26 bibliotecas. Seus inscritos movimentam mais de 300 mil
impressos por ano. São 22 mil metros quadrados de área
construída, com 10 mil metros quadrados só em acervo,
que conta com obras raras e grande quantidade de multimídias.
A obra seria instalada no coração do campus, área
que fica na orla próxima da rótula central, nas imediações
dos pontos de ônibus que dão acesso ao Centro de Tecnologia
e ao Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza,
onde o fluxo de entrada e saída dos estudantes, professores
e funcionários é intenso.
Oscar
Niemeyer, ao comentar as dimensões do projeto afirmou:
“Realizo este projeto com muito prazer, especialmente porque
a implantação da Cidade Universitária nesta
ilha fez parte dos planos do Ministro de Educação
do Governo de Getúlio Vargas, Gustavo Capanema, um homem
de muita integridade e que pensava grande em termos de educação”.
O centro de convivência poderá incorporar também
áreas dedicadas a serviços, afirmou a Prefeita da
Cidade Universitária, Maria Ângela, que faz parte da
equipe de trabalho da UFRJ, e tentando urbanizar o campus. “As
pessoas que se dirigirem a biblioteca ou a eventos poderão
encontrar alguns serviços, como cafeteria e outros, tornando
o espaço mais acolhedor e aprazível”.
Niemeyer, em conversa com Aloísio Teixeira, relembrou o desafio
que representou a edificação de Brasília :
“Brasília foi uma aventura. O que teve de bom é
que, apesar da pressa, tive a preocupação de fazer
algo diferente. Porque arquitetura é invenção.
Quem chega a Brasília gosta ou não dos palácios,
mas não pode dizer que viu antes coisa parecida”. Em
seguida, acrescentou: “Aqui eu espero fazer também
alguma coisa que tenha um pouco de surpresa”.
A prefeita Maria Ângela, ao fim do encontro, confidenciou:
“Achei emocionante a visita de Oscar Niemeyer à UFRJ,
pois sou arquiteta e tenho por ele muita admiração.
Ele influenciou decisivamente a minha escolha pela profissional”.
No início de abril está prevista uma reunião
entre a equipe do escritório do arquiteto Oscar Niemeyer
e representantes da Universidade, para dar continuidade à
elaboração do projeto.
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