64+40:
desvelando as raízes do golpe
Com
um grande público que lotou o Salão Pedro Calmon e
importantes análises, o evento “64+40 – Golpe
e Campo(u)s de Resistência” é aberto nesta segunda-feira,
29 de março. A professora emérita do Instituto de
Filosofia e Ciências Sociais, Maria Ieda Leite Linhares, é
homenageada por sua luta a favor da sociedade brasileira em plena
ditadura militar e por se manter ao lado do povo em momentos de
extrema dificuldade depois do golpe de 64. As análises ficaram
por conta do reitor da UFRJ, professor Aloísio Teixeira,
da decana do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH),
Suely de Almeida, e do presidente da Fundação Universitária
José Bonifácio (FUJB), Raymundo de Oliveira.
Maria Ieda, em agradecimento à “inesperada” homenagem,
afirmou que, mesmo despreparada, foi uma representante da resistência
ao movimento militar. “Éramos extremamente idealistas,
éramos extremamente sinceros”, é assim que a
professora define aqueles que lutavam contra a ditadura e a favor
de uma sociedade mais democrática. Contudo, também
critica: “Não podemos mais ser ingênuos e acreditar
que estávamos marchando para o paraíso na Terra”,
se referindo à atual situação brasileira. Ela
ainda lembrou que diversos setores da sociedade brasileira apoiaram
o golpe, como segmentos da igreja, da elite universitária,
integrantes da classe média, sendo portanto coniventes com
a implantação do regime autoritário.
[
Leia a matéria na íntegra no Notícias UFRJ
]
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