Combatendo o estresse
Uma
ponte não pode ter pilares enfraquecidos nem deve carregar
um peso maior que sua estrutura permite, caso contrário ela
se parte. Com os seres humanos ocorre o mesmo: a sustentação
é o conjunto de atividades as quais eles praticam, assim
como os pilares representam a conjunção de exercício
físico, relaxamento, alimentação saudável
e bom estado psicológico. Se uma dessas partes não
vai bem, o organismo da pessoa reage, com risco de ficar estressada.
A metáfora acima foi feita pelo médico austríaco
Hans Selye, que realizou os primeiros estudos sobre o estresse,
na década de 1920. A professora do Instituto de Psicologia,
Lucia Novaes, serviu-se dela para explicar os males que o estresse
vem causando em grande parte das pessoas. Em recente pesquisa na
Praça Sans Peña, Lucia e nove alunos entrevistaram
324 pessoas que passavam no local, constatando que 74% estavam estressadas.
Segundo a professora, o estresse não é nem uma doença,
tampouco um estado de espírito. “Ele é uma reação
do organismo com componentes físicos, químicos psicológicos
e mentais frente a uma série de situações que
podem irritar, excitar, provocar medo ou até mesmo felicidade”,
diz. “Se uma pessoa não tivesse o mínimo de
estresse ela seria atropelada logo que saísse de casa”,
completa. Esse tipo de estresse, chamado de alerta, é essencial.
O problema ocorre quando essas reações ultrapassam
os limites.
Conforme explicou Lucia, essa superação ocorre em
três níveis: resistência, quase exaustão
e exaustão. Na resistência, a pessoa está sensível,
cansada, com a memória prejudicada, corpo dolorido e libido
diminuída. Na quase exaustão, o indivíduo começa
a ficar doente, com o início de hipertensão e problemas
de pele. Finalmente, na exaustão o estresse propicia doenças
como úlcera, infarto, além de causar aumento de pressão,
insônia, pesadelo, mal humor e depressão.
Para combater o estresse, é necessário conhecer a
fase em que a pessoa se encontra e eliminar as atividades que mais
intensificam o problema, ou seja, diminuir o peso da ponte. Além
disso, é preciso fortalecer seus pilares, com alimentação
saudável, exercícios físicos, relaxamento e
mente “em paz”.
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