Ponto de Vista

 
14.10.2003  
   

As dificuldades para se construir o Bandejão

“Gostaria que houvesse recursos”. A frase do reitor Aloísio Teixeira resume a dificuldade que a UFRJ terá para construir seu bandejão, previsto para ficar pronto no início do próximo semestre letivo. O reitor declarou que tem certeza que o déficit da universidade vai aumentar com o restaurante, mas que considera a construção uma política fundamental.
De acordo com o reitor, será construído apenas um bandejão, que ficará no Fundão, campus que concentra 70% dos alunos da universidade. IFCS e Praia Vermelha serão abastecidos com quentinhas, produzidas no Fundão. Aloísio explicou que, além de o custo de restaurantes universitários ser muito alto, a UFRJ não tem nem os funcionários nem os equipamentos que tinha há 15 anos (quando funcionavam bandejões na universidade) para manter restaurantes em todos os campi. “Já não há mais copos, talheres, fogões. E cargos como cozinheiro não estão mais previstos no plano de carreira dos nossos funcionários”, lamentou Teixeira.
Por essas razões, o reitor informou que os serviços de alimentação serão cobrados e terceirizados. Os estudantes alojados não pagarão. Ainda não há um preço estabelecido para os demais estudantes, mas refeições em bandejões não costumam custar mais de R$ 1. A reitoria estuda uma parceira com a Fundação Rubem Berta para que o projeto se inicie. Teixeira estabeleceu prioridades para a construção dos restaurantes. Primeiro no Fundão, e mais a longo prazo, na Praia Vermelha. “Se daqui a quatro anos, quando deixar a reitoria, eu tiver conseguido construir um bandejão já será uma vitória”.
Ao relatar o quadro de dificuldades financeiras da universidade, o reitor pediu que os estudantes pressionem o governo para que haja mais verbas para a educação. Os alunos concordaram com o reitor, mas também pediram que o reitor apoiasse a luta do movimento estudantil.
Mesmo se houvesse dinheiro, IFCS não teria bandejão
Quando um pequeno comércio de alimentos no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais começou a funcionar, o prédio foi infestado por ratos que danificavam os livros da biblioteca. O reitor informou que, além desse problema, não há condições físicas para instalar uma cozinha industrial no local.

 

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