As
dificuldades para se construir o Bandejão
“Gostaria que houvesse recursos”. A frase do reitor
Aloísio Teixeira resume a dificuldade que a UFRJ terá
para construir seu bandejão, previsto para ficar pronto no
início do próximo semestre letivo. O reitor declarou
que tem certeza que o déficit da universidade vai aumentar
com o restaurante, mas que considera a construção
uma política fundamental.
De acordo com o reitor, será construído apenas um
bandejão, que ficará no Fundão, campus que
concentra 70% dos alunos da universidade. IFCS e Praia Vermelha
serão abastecidos com quentinhas, produzidas no Fundão.
Aloísio explicou que, além de o custo de restaurantes
universitários ser muito alto, a UFRJ não tem nem
os funcionários nem os equipamentos que tinha há 15
anos (quando funcionavam bandejões na universidade) para
manter restaurantes em todos os campi. “Já não
há mais copos, talheres, fogões. E cargos como cozinheiro
não estão mais previstos no plano de carreira dos
nossos funcionários”, lamentou Teixeira.
Por essas razões, o reitor informou que os serviços
de alimentação serão cobrados e terceirizados.
Os estudantes alojados não pagarão. Ainda não
há um preço estabelecido para os demais estudantes,
mas refeições em bandejões não costumam
custar mais de R$ 1. A reitoria estuda uma parceira com a Fundação
Rubem Berta para que o projeto se inicie. Teixeira estabeleceu prioridades
para a construção dos restaurantes. Primeiro no Fundão,
e mais a longo prazo, na Praia Vermelha. “Se daqui a quatro
anos, quando deixar a reitoria, eu tiver conseguido construir um
bandejão já será uma vitória”.
Ao relatar o quadro de dificuldades financeiras da universidade,
o reitor pediu que os estudantes pressionem o governo para que haja
mais verbas para a educação. Os alunos concordaram
com o reitor, mas também pediram que o reitor apoiasse a
luta do movimento estudantil.
Mesmo se houvesse dinheiro, IFCS não teria bandejão
Quando um pequeno comércio de alimentos no Instituto de Filosofia
e Ciências Sociais começou a funcionar, o prédio
foi infestado por ratos que danificavam os livros da biblioteca.
O reitor informou que, além desse problema, não há
condições físicas para instalar uma cozinha
industrial no local.
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