Transporte urbano e qualidade de vida
No
último dia 23, vários países da Europa e alguns
estados do Brasil participaram da campanha “Na cidade sem
o meu carro”. Uma idéia que deveria ser apoiada por
todas metrópoles que sofrem com o caos do engarrafamento
e a poluição ambiental. Porém, duas grandes
cidades do Brasil não aderiram: São Paulo e Rio de
Janeiro.
Analisando a questão do transporte público no Rio,
o professor da COPPE e engenheiro de transportes, Paulo Cezar Ribeiro,
comentou sobre a qualidade e eficiência dos sistemas atualmente.
Segundo ele, o transporte público, realizado por ônibus,
metrôs e trens; poderia estar melhor equacionado na nossa
cidade. “O sistema de ônibus não atende adequadamente
a população, o que foi constatado no projeto RioBus,
realizado pela COPPE para a Prefeitura do Rio.”
Neste estudo, foi elaborado um sistema de ônibus integrado
atendendo a todas as áreas da cidade, aplicando-se tecnologias
disponíveis, como bilhetagem eletrônica e reservando
faixas exclusivas, o que agilizaria a circulação.
Já os outros sistemas, como metrô e trem, devem ser
expandidos e aperfeiçoados. “O metrô precisa
de expansões, como as ligações com a Barra
da Tijuca e com Niterói/ São Gonçalo, por exemplo.”
O prof. Paulo Cezar diz que é fundamental o complemento de
linhas já existentes, como a ligação Estácio-Carioca,
que propiciaria uma melhor qualidade dos serviços oferecidos
aos usuários da linha dois. No caso do trem, o sistema deveria
ser integrado com o sistema de ônibus, bem como as barcas.
Uma das soluções, já em prática na cidade
de São Paulo, é o revezamento de placas, mas para
isso deve-se definir as áreas que seriam afetadas pelo rodízio.
“No caso do Rio, o primeiro passo é definir os pontos,
ou áreas, congestionadas e analisar a viabilidade de aplicação
destas medidas. Corre-se o risco de aumentar a frota circulante
na tentativa de driblar o esquema”, completa o engenheiro.
Outra solução, adotada em Londres, é a cobrança
de uma taxa específica a todos os veículos particulares
que trafegam na área central da cidade. Esta taxa seria utilizada
na melhoria dos transportes públicos.
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