Ponto de Vista

 
30.09.2003  
   

Transporte urbano e qualidade de vida

No último dia 23, vários países da Europa e alguns estados do Brasil participaram da campanha “Na cidade sem o meu carro”. Uma idéia que deveria ser apoiada por todas metrópoles que sofrem com o caos do engarrafamento e a poluição ambiental. Porém, duas grandes cidades do Brasil não aderiram: São Paulo e Rio de Janeiro.
Analisando a questão do transporte público no Rio, o professor da COPPE e engenheiro de transportes, Paulo Cezar Ribeiro, comentou sobre a qualidade e eficiência dos sistemas atualmente. Segundo ele, o transporte público, realizado por ônibus, metrôs e trens; poderia estar melhor equacionado na nossa cidade. “O sistema de ônibus não atende adequadamente a população, o que foi constatado no projeto RioBus, realizado pela COPPE para a Prefeitura do Rio.”
Neste estudo, foi elaborado um sistema de ônibus integrado atendendo a todas as áreas da cidade, aplicando-se tecnologias disponíveis, como bilhetagem eletrônica e reservando faixas exclusivas, o que agilizaria a circulação.
Já os outros sistemas, como metrô e trem, devem ser expandidos e aperfeiçoados. “O metrô precisa de expansões, como as ligações com a Barra da Tijuca e com Niterói/ São Gonçalo, por exemplo.” O prof. Paulo Cezar diz que é fundamental o complemento de linhas já existentes, como a ligação Estácio-Carioca, que propiciaria uma melhor qualidade dos serviços oferecidos aos usuários da linha dois. No caso do trem, o sistema deveria ser integrado com o sistema de ônibus, bem como as barcas.
Uma das soluções, já em prática na cidade de São Paulo, é o revezamento de placas, mas para isso deve-se definir as áreas que seriam afetadas pelo rodízio. “No caso do Rio, o primeiro passo é definir os pontos, ou áreas, congestionadas e analisar a viabilidade de aplicação destas medidas. Corre-se o risco de aumentar a frota circulante na tentativa de driblar o esquema”, completa o engenheiro.
Outra solução, adotada em Londres, é a cobrança de uma taxa específica a todos os veículos particulares que trafegam na área central da cidade. Esta taxa seria utilizada na melhoria dos transportes públicos.

 

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