Ponto de Vista

 
05.08.2003  
   

O porquê do número de transplantes ser tão baixo

O tema do transplante já é polêmico em si, por reunir pontos muito divergentes. Motivos que levam pessoas a não serem a favor da doação de órgãos podem estar ligados desde a restrições religiosas, até ao receio em relação a golpes de contrabando hospitalar.
O cirurgião e coordenador de transplantes do Hospital Universitário da UFRJ, Joaquim Ribeiro Filho, que assumiu no último mês a coordenação da central Rio Transplantes, acredita que a principal causa para que o número de transplantes seja tão baixo é a falta de conscientização da população: “As equipes de saúde que trabalham nestas unidades devem mudar a cultura em torno de pacientes que evoluem para morte cerebral, a fim de que os mesmos passem a ser encarados como a salvação de pacientes que aguardam por transplantes de fígado, rim, coração, etc.”
Apesar de achar que as notícias sobre comércio e tráfico de órgãos são infundadas, ele admite que elas apresentam impacto negativo na população. “Por isso, é fundamental que as campanhas de massa sejam continuadas”, enfatiza o cirurgião.
Além disso, como uma das primeiras atividades à frente da Rio Transplantes, ele pretende formar Coordenações Intra-hospitalares de procura de doadores em unidades de maior potencial de doação, tais como Hospitais Miguel Couto, Souza Aguiar e Getúlio Vargas.

 

Últimas Matérias
29.07.2003  O que fazer para revitalizar os campi do Fundão e Praia Vermelha
22.07.2003  De olho na reforma da previdência