Novos
desafios da responsabilidade social corporativa
“Nunca
se investiu tanto em projeto sociais, como agora. Hoje, não
nos surpreendemos mais com parcerias inusitadas, como a de entidades
ambientalistas serem mantidas por empresas poluidoras; nem com o
fato de algumas indústrias assumirem custos em áreas
da esfera pública, a exemplo da educação e
da saúde” – é o que pensa a professora
Valéria da Vinha, do Instituto de Economia.
Para Valéria, o engajamento social do setor privado cresceu,
significativamente, com a recente incorporação das
visões de Cidadania Empresarial e Responsabilidade Social
Corporativa (RSC). E, como gerir investimentos de natureza social
exige um esforço de adaptação significativo
por parte da empresa – tanto para criar novos recursos a eles
associados, quanto para integrá-los na estrutura e nas rotinas
da organização –, fica claro que existem outros
interesses por trás dessa solidariedade espontânea.
“Agregar valor social aos negócios transformou-se numa
poderosa convenção de mercado em grande medida porque
influencia, diretamente, um dos principais ativos das empresas:
sua reputação”, enfatizou a economista.
A questão que se pode levantar em relação a
este tema é: estão as empresas preparadas para assumir
esse engajamento social, considerando que este envolvimento poderá
comprometer investimentos, recursos e capacidades já realizados,
além de compromissos assumidos com os parceiros da cadeia
produtiva? Para a professora só existe uma solução:
“Buscar um equilíbrio entre a dupla e contraditória
missão de gerar lucro para os acionistas e, ao mesmo tempo,
apoiar projetos sociais de forma desinteressada – isto é,
sem expectativa de retorno financeiro, conforme pregam as melhores
práticas de responsabilidade social”.
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