De Olho na Mídia | ||||||||
07.06.2005 | ||||||||
Estudo
mostra que transporte onera preços dos combustíveis |
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O
Brasil movimenta anualmente 124 milhões de toneladas de combustíveis
entre as refinarias e usinas e a bomba dos postos de serviço. O
custo logístico desse transporte é de R$ 2 milhões,
mas poderia ser bem menor se não fosse a ineficiência da
estrutura. Os gargalos, especialmente no transporte ferroviário,
já afetam os preços ao consumidor e a própria economia
do País. A advertência foi feita ontem pelo professor Paulo Fleury, do Centro de Estudos em Logística da Coppead/UFRJ, no 4º Seminário |
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Brasileiro de Logística de Distribuição de Combustíveis,
promovido no Rio de Janeiro pelo Instituto Brasileiro de Petróleo
e Gás (IBP). Fleury apresentou o primeiro estudo feito no Brasil
sobre a cadeia logística voltado para um setor específico
da economia. Encomendado pelo IBP, o trabalho levanta todos os gargalos
na distribuição de combustíveis, analisa os custos
dessa deficiência, aponta investimentos necessários e propõe
um plano de ação com impacto favorável para outros
segmentos econômicos. De acordo com o estudo, que analisa o transporte de gasolina, diesel e álcool, o frete deveria corresponder a 2,8% do preço em bomba, mas chega representar 5,4%, principalmente por falta de ferrovias com capacidade para atender à demanda, o que provoca uma concentração de transportes por rodovias. Essa diferença é maior que a margem de lucro das distribuidoras no caso do diesel, por exemplo. A Coppead estima em R$ 50 milhões anuais o custo da ineficiência no setor ferroviário. Com isso, os custos dos revendedores são onerados em 6%. Já para as distribuidoras, o percentual chega a 20%. Para mudar esse quadro, o estudo aponta a necessidade de o País investir R$ 700 milhões na manutenção de linhas, compra de locomotivas e vagões-tanque. |
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