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SiBI — Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ,
após ganhar do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social) cerca de R$ 170 mil para investir em segurança, aguarda
a visita de uma comissão do banco, que irá pessoalmente
aos locais que serão beneficiados com o investimento. Esse encontro
já fora marcado para o dia 29 de março deste ano e posteriormente
adiado. Depois da visita e aprovação, o recurso será
liberado e, automaticamente, o SiBI poderá comprar equipamentos
de segurança e partir para as instalações.
Em torno de 13 bibliotecas de acervos raros serão beneficiadas.
Algumas receberão câmeras de circuito fechado de TV e sistema
anti-furto; outras, ganharão somente um dos tipos de sistema
de segurança.
Segundo a coordenadora do SiBI, Paula Mello, a instalação
desses equipamentos é por precaução e não
por reforço, pois o índice de roubos nessas bibliotecas
são baixos. “O maior índice de furtos acontecem
nas bibliotecas de acervos gerais, cuja perda anual é de quase
5% (entre livros não devolvidos, extraviados), o que é
um índice normal, disse”.
Paula afirmou também que algumas bibliotecas de acervo geral
já possuem sistema de segurança:
— A idéia é que todas venham a ter, mas como esse
edital era direcionado para projetos de acervos raros, não posso
colocar em outros que não sejam. Assim que nós tivermos
os recursos, todas as bibliotecas entrarão nesse esquema.
O SiBI, através do edital, solicitou R$ 500 mil e só recebeu
R$ 165 mil. Essa quantia foi baseada numa demanda real, pois o projeto
englobava segurança e preservação. No item segurança
tinha a compra de materiais e no preservação, todos os
componentes necessários para preservação do acervo:
materiais para higienização, para restauração
e recuperação de livros. Essa segunda parte teve que sair
devido ao valor oferecido, mas o Sistema de Bibliotecas já está
concorrendo a outro edital, que é da Petrobras, também
voltado à preservação de acervos raros, e aguarda
o resultado.
Enquanto o resultado não sai, outros projetos estão sendo
postos em prática. Um exemplo disso é a Central de Memória
Acadêmica da UFRJ, projeto que visa localizar fisicamente todas
as dissertações e teses da universidade num único
espaço:
— Ele foi planejado para atuar não só como depósito,
mas também como difusor desse conteúdo e de produções
acadêmicas outras que podem ser artigos de periódicos.
O centro estará disponível para receber a produção
que os docentes da UFRJ queiram guardar em memória — explicou
a coordenadora.
O financiamento da parte de infra-estrutura ficou por conta da Faperj.
Para a reforma no galpão da gráfica, localizado no Fundão
e que abrigará a Central, será feita proposta junto ao
ETU — Escritório Técnico da Universidade. A Central
ficará pronta até o final do ano.