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19.04.2005
Bibliotecas de acervos raros recebem equipamentos de segurança  
Carlos Eduardo Cayres
             

O SiBI — Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ, após ganhar do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) cerca de R$ 170 mil para investir em segurança, aguarda a visita de uma comissão do banco, que irá pessoalmente aos locais que serão beneficiados com o investimento. Esse encontro já fora marcado para o dia 29 de março deste ano e posteriormente adiado. Depois da visita e aprovação, o recurso será liberado e, automaticamente, o SiBI poderá comprar equipamentos de segurança e partir para as instalações.
Em torno de 13 bibliotecas de acervos raros serão beneficiadas. Algumas receberão câmeras de circuito fechado de TV e sistema anti-furto; outras, ganharão somente um dos tipos de sistema de segurança.
Segundo a coordenadora do SiBI, Paula Mello, a instalação desses equipamentos é por precaução e não por reforço, pois o índice de roubos nessas bibliotecas são baixos. “O maior índice de furtos acontecem nas bibliotecas de acervos gerais, cuja perda anual é de quase 5% (entre livros não devolvidos, extraviados), o que é um índice normal, disse”.
Paula afirmou também que algumas bibliotecas de acervo geral já possuem sistema de segurança:
— A idéia é que todas venham a ter, mas como esse edital era direcionado para projetos de acervos raros, não posso colocar em outros que não sejam. Assim que nós tivermos os recursos, todas as bibliotecas entrarão nesse esquema.
O SiBI, através do edital, solicitou R$ 500 mil e só recebeu R$ 165 mil. Essa quantia foi baseada numa demanda real, pois o projeto englobava segurança e preservação. No item segurança tinha a compra de materiais e no preservação, todos os componentes necessários para preservação do acervo: materiais para higienização, para restauração e recuperação de livros. Essa segunda parte teve que sair devido ao valor oferecido, mas o Sistema de Bibliotecas já está concorrendo a outro edital, que é da Petrobras, também voltado à preservação de acervos raros, e aguarda o resultado.
Enquanto o resultado não sai, outros projetos estão sendo postos em prática. Um exemplo disso é a Central de Memória Acadêmica da UFRJ, projeto que visa localizar fisicamente todas as dissertações e teses da universidade num único espaço:
— Ele foi planejado para atuar não só como depósito, mas também como difusor desse conteúdo e de produções acadêmicas outras que podem ser artigos de periódicos. O centro estará disponível para receber a produção que os docentes da UFRJ queiram guardar em memória — explicou a coordenadora.
O financiamento da parte de infra-estrutura ficou por conta da Faperj. Para a reforma no galpão da gráfica, localizado no Fundão e que abrigará a Central, será feita proposta junto ao ETU — Escritório Técnico da Universidade. A Central ficará pronta até o final do ano.


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