O IPPMG firmou uma parceria com a Associação Viva e Deixe
Viver, objetivando desenvolver atividades culturais e recreativas junto
às crianças internadas no Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho.
Baseado nessa parceria, a equipe do Olhar Virtual resolveu analisar
a importância de projetos como esses, no cotidiano de crianças
enfermas. Para falar sobre o assunto, convidamos a coordenadora do PBVH/IPPMG/UFRJ,
Maria Cristina Paiva.
Maria Cristina Paiva
O Projeto Biblioteca
Viva em Hospitais reúne três instituições
que se preocupam com as condições de vida e o atendimento
de crianças e jovens no Brasil. São elas: o Ministério
da Saúde, a Fundação Abrinq Pelos Direitos da Criança
e o Banco Citibank.
O hospital é um local totalmente desconhecido pela criança
e ela passa a conviver com situações de doenças
e por vezes até a morte. Uma vez internada, é afastada
do seio familiar, dos brinquedos, dos amigos e da escola. Esse afastamento
gera um sentimento de culpa, desenvolvendo fobias, depressão,
hiperatividade e até a perda do seu referencial.
O trabalho recreativo, em unidade com internação pediátrica,
contribui para o bem-estar da criança, ocupando-a sadiamente,
e preservando o princípio básico da saúde integral.
A humanização alcançada em ambiente hospitalar,
através deste atendimento, é um exemplo a ser seguido,
porque mesmo doente, a criança precisa brincar.
- Aumentar a aceitabilidade
da criança ao tratamento e a situação de internação
hospitalar;
- Agregar situações
estimuladoras ao processo de cura da criança;
- Garantir, a reconstituição
de um espaço de vitalidade no que se refere não apenas
à doença;
- Propiciar o alívio
de tensões e mudança favoráveis no quadro psicológico
das crianças;
- Facilitar a integração
das crianças e seus familiares com o corpo funcional do hospital
através da mediação de leitura;
- Possibilitar
que crianças e jovens em situação de internação
hospitalar tenham acesso a livros de qualidade e a leitura mediada;
- Ampliar os espaços
onde a leitura seja oferecida para as populações com
menos acesso a livros e menores possibilidades de aquisição
dos mesmos;
- Propor a leitura
como forma de prazer favorecendo assim a familiarização
com os livros.