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de olho na mídia
De Olho na Mídia
30.08.2005

Brasil investe em células-tronco para tratar derrames
Leonardo Valente

O Brasil está prestes e ser o primeiro país e testar a eficácia de uma terapia ainda inédita no mundo: o uso de células-tronco adultas para tratar pacientes vítimas de acidente vascular cerebral. A fase 1 dos trabalhos, que tem como objetivo testar a segurança da terapia, começou há três anos e já está praticamente concluída. O próximo passo dos pesquisadores é comprovar a eficácia do tratamento.

O estudo, feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pelo hospital Pró-Cardíaco, foi apresentado no Simpósio Internacional Terapias Avançadas, promovido pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Biofísica (SBBF), que acontece no Rio.

— Já testamos sete dos dez pacientes da primeira fase e nenhum deles apresentou problemas, indicando que o tratamento é seguro. Nosso próximo objetivo é testar a eficácia — explicou a pesquisadora Rosália Mendez-Otero, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da UFRJ.

Estudo tem como alvo pacientes da fase aguda

O estudo tem como alvo pacientes na fase aguda do derrame, que estão na primeira semana após o acidente vascular. Eles recebem células-tronco adultas, retiradas da própria medula e tratadas em laboratório, que são injetadas por meio de um cateter introduzido pela artéria femoral do paciente, na virilha. Os pesquisadores, no entanto, ainda não têm certeza de como essas células se comportam no cérebro.

Segundo Rosália, a boa resposta dos voluntários em relação à segurança do procedimento foi um passo fundamental para que os pesquisadores possam prosseguir com os estudos.

— Os resultados foram excelentes e já indicam que o procedimento é seguro. Isso é fundamental para que passemos para o estudo de eficácia — disse ela, ressaltando que a próxima etapa ainda depende de repasses de recursos.

Mesmo antes de testar a eficácia do tratamento, os cientistas já tiveram resultados positivos. No ano passado, uma mulher paralisada por um derrame, a primeira a participar do estudo, voltou a andar em 17 dias, numa recuperação considerada excepcionalmente rápida por especialistas, um forte indício de que a segunda fase da pesquisa será bem sucedida.

Por ano, cerca de 5,5 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem um acidente vascular encefálico. Nos EUA, das 750 mil vítimas anuais, 150 mil morrem e cerca de 20% ficam com seqüelas graves, dependendo de ajuda nas tarefas básicas.

Quando um paciente sofre um derrame, os neurônios da parte mais afetada do cérebro morrem em 15 segundos. Uma grande área ao redor dessa lesão irrecuperável também é danificada, mas pode ser salva se for devidamente revascularizada. É justamente essa área que muitos especialistas visam seus estudos. No futuro, os pesquisadores acreditam que também seja possível recuperar os neurônios das áreas hoje consideradas como perdas irreversíveis.

O Globo, 30/08/2005 - Editoria: Ciência e Vida

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