O Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) vem exercendo uma saudável
revolução no sistema de ensino do Brasil. A inauguração
da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), no início do ano,
entidade de ensino superior do Movimento, serviu para inserir de vez
seus militantes no espaço de ensino universitário. Com
ela, dezenas de parcerias em nível de extensão, graduação
e pós-graduação foram feitas com as Universidades
brasileiras, atingindo o ápice da política educacional
iniciada pelo Movimento no início da década de 90.
Com a UFRJ essa parceria vem rendendo frutos que começam a ser
colhidos pelos trabalhadores rurais no início do ano que vem.
O Curso “Teorias Sociais e Produção do Conhecimento”
faz parte do projeto e é ministrado todo período de férias
letivas no campus da Ilha do Fundão. Coordenado pela Pró-reitoria
de Extensão (PR-5) e pelo Centro de Filosofia e Ciências
Humanas (CFCH), o curso é dividido em cinco módulos e
o último acontece nas férias de janeiro de 2006.
“Este curso está sendo muito importante para a UFRJ e para
esses movimentos sociais. Tivemos uma aceitação muito
grande por parte da docência da Universidade que vem colaborando
demais para a sua realização”, afirma a Profª
Maria Lídia de Souza da Silveira, coordenadora de extensão
do CFCH e coordenadora acadêmica do Curso.
Inscrito no Sigma como curso de extensão, o “Teorias Sociais
e Produção do Conhecimento” possui acompanhamento
pedagógico de professores da UFRJ e de membros do setor de formação
do MST. Ao final de cada etapa, os alunos precisam entregar um artigo
e ao final do curso, devem elaborar uma monografia. Para Adelar João
Pizetta, coordenador da Escola Nacional Florestan Fernandes, é
muito significativo para o MST e para os outros movimentos sociais do
campo estar ingressando na Universidade com esse curso.
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