Warning: include(): http:// wrapper is disabled in the server configuration by allow_url_include=0 in /mnt/unity/olharvirtual.ufrj.br/portal/ant/2005-07-05/05_07_05_ponto.php on line 16

Warning: include(http://www.olharvirtual.ufrj.br/contador/contador.php?cod=ponto&ip=18.188.70.255): failed to open stream: no suitable wrapper could be found in /mnt/unity/olharvirtual.ufrj.br/portal/ant/2005-07-05/05_07_05_ponto.php on line 16

Warning: include(): Failed opening 'http://www.olharvirtual.ufrj.br/contador/contador.php?cod=ponto&ip=18.188.70.255' for inclusion (include_path='.:/usr/share/pear:/usr/share/php') in /mnt/unity/olharvirtual.ufrj.br/portal/ant/2005-07-05/05_07_05_ponto.php on line 16
ponto de vista
Ponto de Vista
05.07.2005
Resultados comprovados
Luciana Campos
 

A dermatologista Mônica Azulay, responsável pelo setor de dermatologia corretiva do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, apresentou em 2003 um estudo sobre os resultados obtidos com o uso de vitamina C tópica a 5% na pele de pacientes que apresentavam sinais moderados de fotoenvelhecimento.
A pesquisa foi premiada no Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, em 2004, na condição de investigação científica. O Olhar Virtual conversou com a Drª Azulay, que nos explicou como foi elaborado o estudo sobre a vitamina C tópica.

“Muito antes dos ácidos retinóicos, que foi um grande boom na dermatologia cosmética nos anos 80, a vitamina C tópica já era estudada, com efeitos na recuperação do envelhecimento da pele, no

fotorejuvenescimento.
Porém, a instabilidade da vitamina C sempre foi um grande problema para viabilizar o uso cosmético dessa substância tópica na pele. E porque o uso tópico? Por que vários estudos na literatura médica demonstraram que em relação ao tratamento cutâneo, quando se utiliza uma vitamina C tópica, comparada a utilização da vitamina C oral, tem-se 20 vezes mais concentração daquela substância na pele.
Claro que a vitamina C que se ingere é saudável, tendo vários benefícios na área da imunologia. Mas em termos de pele, os benefícios são significativos quando se usa a vitamina C em forma de creme. Então, para que fosse viabilizada essa vitamina C em forma de creme, foi preciso quase trinta anos. Somente no final da década de 90, algumas indústrias farmacêuticas conseguiram viabilizar esse ácido ascórbico.
Não basta ser vitamina C para ser efetiva na pele em termos de estímulo ao colágeno. Existem ésteres derivados de vitamina C, que é um leque. Tem Fosfato de vitamina C, Fosfato de magnésio de vitamina C etc. Essas substâncias foram sendo descobertas e desenvolvidas à medida que não se tinha, ainda, a estabilidade do ácido ascórbico.
Obteve-se a estabilidade da vitamina C sob a forma desses ésteres, mas, se constatou que elas não eram efetivas na penetração até a derme, ou seja, a camada média da pele onde se tem os fibroblastos que produzem o colágeno. Elas ficavam nas camadas mais superficiais, tendo até algum efeito, algum clareamento (a vitamina C também interfere nesse mecanismo).
Quando uma indústria lançou a vitamina C sob forma tópica, em 2000, eu passei a usá-la. E realmente me surpreendi com o resultado alcançado. Chamou-me a atenção o resultado clínico que as pacientes notavam um mês ou dois depois do uso da medicação. Elas voltavam ao consultório com uma pele tão luminosa, parecendo estarem até mesmo maquiadas.
Então, eu fui ao laboratório que produziu a medicação e procurei saber o que estava acontecendo do ponto de vista histológico. Esse é o creme que veio na forma de ácido ascórbico. A vitamina C já existia, mas os resultados não eram efetivos. Isso porque, somente o ácido ascórbico sob forma tópica é efetivo para chegar na derme.
No laboratório onde produziram o ácido ascórbico sob a forma de creme, eles me forneceram muitas informações e amostras, permitindo que eu fizesse um protocolo de pesquisa sobre o assunto, que posteriormente foi levado ao Conselho de Ética do Hospital Universitário do Fundão, onde foi aprovada minha pesquisa.
O estudo contou com a participação de 20 mulheres, com idades entre 45 a 55 anos, com fotoenvelhecimento moderado. As pacientes usaram durante seis meses a vitamina C tópica, sob a forma de ácido ascórbico. Elas não usaram nenhum outro tipo de medicação para a pele neste período, nem mesmo filtro solar, e também não modificaram o seu grau de exposição solar. Isso para não dizerem que a pele melhorou em função da diminuição da exposição ao sol, continuando a pegar sol como faziam antes da pesquisa.
Ao final da análise, foram feitas biópsias, que foram realizadas antes também, sendo quantificadas as fibras colágenas. Essa quantificação foi feita no laboratório de morfometria cardiovascular da Uerj, sob a orientação do professor Mandarim de Lacerda. O resultado foi surpreendente e bastante significativo. Houve um aumento expressivo da quantidade de fibras colágenas nas peles das pacientes analisadas após o uso do produto.
A vitamina C tem efeitos de foto proteção por ser um antioxidante. Ela atua na remoção dos radicais livres liberados. A vitamina C, neste caso o ácido ascórbico, atinge o nível de saturação da pele em cerca de três a quatro dias, não sendo necessário, portanto, o uso diário deste produto.
Pelas pesquisas, percebemos também que houve um aumento das fibras elásticas, porém, inferior se comparado ao aumento do colágeno. Esse é o único estudo na literatura médica mundial que demonstrou efetivamente, que quantificou a fibra colágena antes e depois de um tratamento.”

       

Notícias anteriores:

• 28/06/2005 - É hora da escolha
• 21/06/2005 - O desmatamento na amazônia
• 14/06/2005 - O perigo dos diplomas de pós no estrangeiro