fotorejuvenescimento.
Porém, a instabilidade da vitamina C sempre foi um grande problema
para viabilizar o uso cosmético dessa substância tópica
na pele. E porque o uso tópico? Por que vários estudos
na literatura médica demonstraram que em relação
ao tratamento cutâneo, quando se utiliza uma vitamina C tópica,
comparada a utilização da vitamina C oral, tem-se 20 vezes
mais concentração daquela substância na pele.
Claro que
a vitamina C que se ingere é saudável, tendo vários
benefícios na área da imunologia. Mas em termos de pele,
os benefícios são significativos quando se usa a vitamina
C em forma de creme. Então, para que fosse viabilizada essa vitamina
C em forma de creme, foi preciso quase trinta anos. Somente no final
da década de 90, algumas indústrias farmacêuticas
conseguiram viabilizar esse ácido ascórbico.
Não
basta ser vitamina C para ser efetiva na pele em termos de estímulo
ao colágeno. Existem ésteres derivados de vitamina C,
que é um leque. Tem Fosfato de vitamina C, Fosfato de magnésio
de vitamina C etc. Essas substâncias foram sendo descobertas e
desenvolvidas à medida que não se tinha, ainda, a estabilidade
do ácido ascórbico.
Obteve-se
a estabilidade da vitamina C sob a forma desses ésteres, mas,
se constatou que elas não eram efetivas na penetração
até a derme, ou seja, a camada média da pele onde se tem
os fibroblastos que produzem o colágeno. Elas ficavam nas camadas
mais superficiais, tendo até algum efeito, algum clareamento
(a vitamina C também interfere nesse mecanismo).
Quando uma
indústria lançou a vitamina C sob forma tópica,
em 2000, eu passei a usá-la. E realmente me surpreendi com o
resultado alcançado. Chamou-me a atenção o resultado
clínico que as pacientes notavam um mês ou dois depois
do uso da medicação. Elas voltavam ao consultório
com uma pele tão luminosa, parecendo estarem até mesmo
maquiadas.
Então,
eu fui ao laboratório que produziu a medicação
e procurei saber o que estava acontecendo do ponto de vista histológico.
Esse é o creme que veio na forma de ácido ascórbico.
A vitamina C já existia, mas os resultados não eram efetivos.
Isso porque, somente o ácido ascórbico sob forma tópica
é efetivo para chegar na derme.
No laboratório
onde produziram o ácido ascórbico sob a forma de creme,
eles me forneceram muitas informações e amostras, permitindo
que eu fizesse um protocolo de pesquisa sobre o assunto, que posteriormente
foi levado ao Conselho de Ética do Hospital Universitário
do Fundão, onde foi aprovada minha pesquisa.
O estudo contou
com a participação de 20 mulheres, com idades entre 45
a 55 anos, com fotoenvelhecimento moderado. As pacientes usaram durante
seis meses a vitamina C tópica, sob a forma de ácido ascórbico.
Elas não usaram nenhum outro tipo de medicação
para a pele neste período, nem mesmo filtro solar, e também
não modificaram o seu grau de exposição solar.
Isso para não dizerem que a pele melhorou em função
da diminuição da exposição ao sol, continuando
a pegar sol como faziam antes da pesquisa.
Ao final da
análise, foram feitas biópsias, que foram realizadas antes
também, sendo quantificadas as fibras colágenas. Essa
quantificação foi feita no laboratório de morfometria
cardiovascular da Uerj, sob a orientação do professor
Mandarim de Lacerda. O resultado foi surpreendente e bastante significativo.
Houve um aumento expressivo da quantidade de fibras colágenas
nas peles das pacientes analisadas após o uso do produto.
A vitamina
C tem efeitos de foto proteção por ser um antioxidante.
Ela atua na remoção dos radicais livres liberados. A vitamina
C, neste caso o ácido ascórbico, atinge o nível
de saturação da pele em cerca de três a quatro dias,
não sendo necessário, portanto, o uso diário deste
produto.
Pelas pesquisas,
percebemos também que houve um aumento das fibras elásticas,
porém, inferior se comparado ao aumento do colágeno. Esse
é o único estudo na literatura médica mundial que
demonstrou efetivamente, que quantificou a fibra colágena antes
e depois de um tratamento.”