Zoom | |||||||||
21.06.2005 | |||||||||
Importantes
descobertas |
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Luciana Campos | |||||||||
A
anemia de Fanconi, doença transmitida hereditariamente, atinge
principalmente a medula óssea, ocasionando uma diminuição
na produção de todos os tipos de células sanguíneas
do organismo. As pesquisas pioneiras sobre esta enfermidade no Brasil
foram realizadas pelo biólogo David Enrique Aguilar Rodrigues,
graduado pela Universidade Ricardo Palma, de Lima, no Peru. Estes estudos
foram realizados nos Laboratórios de Citogenética do Hemocentro
e no Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências
Médicas (FCM) da Universidade de Campinas, em 2003. |
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No
mesmo ano, a professora Maria da Graça Baruque iniciou sua tese
de doutorado sobre este tipo de anemia, que foi desenvolvida no Laboratório
de Imunologia Tumoral em colaboração com o Hospital de Clínicas
de Curitiba (Centro de Medula Óssea), IFF/FIOCRUZ (Departamento
de Genética Médica) e dois laboratórios da UFRJ.
A pesquisa de Baruque foi realizada com amostras de sangue de pacientes com Anemia de Fanconi (95 amostras), com idades variando de 3 a 32 anos, nas quais foram analisadas os aspectos de morte celular que, na medula estão relacionados com o processo de falência medular, mas que nos estudos com células do sangue periférico apresentavam relatos contraditórios. — Analisamos o percentual de células em apoptose (morte celular), algumas proteínas pró e anti-apoptóticas nestas células, e níveis de citocinas pró e anti-inflamatórias no plasma destes pacientes, disse a professora. Essa foi a maior demonstração já realizada para estudos com esta doença, afirmou Baruque. Segundo ela, foi possível verificar com essas amostras que a morte celular é maior para as células de sangue periférico, e está associada diretamente ao aumento de uma proteína pró-apoptótica (Bax) em 69% das porções de sangue analisadas, e indiretamente, a um receptor de morte celular (CD95) em 29% das amostras verificadas. Medicação |
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