De Olho na Mídia | ||||||||
21.06.2005 | ||||||||
Indústria
Naval - Novo regime precisa de aval da fazenda |
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Bruno
Villas Boas |
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Os
estaleiros nacionais podem ficar isentos, ainda neste ano, do pagamento
de impostos sobre equipamentos importados, se eles forem usados na modernização
e ampliação das instalações. O Ministério
dos Transportes vai encaminhar à Casa Civil, provavelmente na próxima
semana, o projeto do Regime Tributário para Incentivo à
Modernização, à Ampliação e à
Instalação de Estaleiros
Navais (Renaval), que precisará ainda de aval do Ministério
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da
Fazenda. As isenções seriam para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Importação(II) e Programa de Integração Social/Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins). Eles representam somados, em média, 37,65% do preço final das máquinas importadas. A alíquota do II e do IPI variam hoje de acordo com o equipamento. O secretário para Ações de Fomento de Transporte do Ministério dos Transportes, Sergio Bacci, disse que o projeto depende ainda de uma avaliação da área econômica do Governo, que estudará o impacto do projeto na arrecadação da União. Ele participou ontem do seminário sobre indústria naval, seus aspectos legais, perspectivas e desafios, promovido pela Siqueira Castro Advogados. Segundo Bacci, após a avalição pela área econômica, o Renaval será encaminhado ao Congresso. “Temos a expectativa que ele comece a valer ainda neste ano através de Medida Provisória. Porém, é preciso ainda aprová-lo na Casa Civil”. O secretário lembrou, no entanto, que os incentivos fiscais serão dados apenas para a importação de equipamentos sem equivalente no País. O diretor comercial do estaleiro Ilha As (EISA), Jorge Roberto Coelho Gonçalves, lembrou que, se o regime já estivesse operando, a empresa poderia ter economizado US$ 100 mil na compra de um equipamento de corte à plasma de chapa aço, encomendado da White Martins. Cerca de 60% dos componentes da máquina foram importados. “ O regime é importante para toda a indústria”, disse. Bacci lembrou que, além de permitir a modernização dos estaleiros nacionais, o Renaval beneficiaria também os cincos estaleiros a serem construídos no País, que demandarão investimentos de US$ 710 milhões nos próximos anos. Os investimentos serão necessários para atender à demanda prevista no mercado. Segundo estudos da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a indústria naval brasileira receberá encomendas de 57 grandes embarcações nos próximos dez anos, da qual 37 ocorrerão de 2005 a 2010. Jornal do Commercio- 18/06/2005 - Editoria: Economia - Página A-7 |
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