UFRJ
é palco da homenagem a Oscar Niemeyer
Noventa
e seis anos, setenta dedicados às linhas e curvas da arquitetura,
Oscar Niemeyer continua atuante e defensor das causas sociais no
Brasil e no mundo. O grande nome da arquitetura recebeu nesta segunda-feira,
dia 28, mais um título de Doutor Honoris Causa, agora pela
Universidade Central de Lãs Villas (UCLV), de Cuba. Esse
título já foi concedido pelo Centro de Pesquisa e
Ensino de Arquitetura da Alemanha, a Universidade de Braz Cubas,
em São Paulo, a Universidade de São Paulo e também
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O evento Uma ponte entre ilhas e continentes, realizado no Forum
de Ciências e Cultura, contou com a participação
do reitor, prof. Aloísio Teixeira, da UFRJ; prof. José
Saborido, da UCLV e prof. Nival Nunes Almeida, da UERJ, além
de todos os pró-reitores.
Também compareceram o Decano do Centro de Letras e Artes
(CLA), prof. Carlos Tannus, o novo Prefeito da Cidade Universitária,
prof. Hélio Alves, o Diretor da Faculdade de Arquitetura
da UFRJ, Pablo Bernetti, o Diretor da Facultad de Construcciones
(UCLV), prof. Roberto López e o coordenador do projeto, prof.
Roberto Segre.
O reitor da UCLV fez um discurso em homenagem ao arquiteto não
só pelo conjunto de sua obra, que segundo ele, é a
mais importante do país, mas também pela defesa dos
direitos sociais que Niemeyer sempre lutou. “Homem de extrema
sensibilidade, é ponto de referência para cultura contemporânea.
Niemeyer é América”, enfatizou o prof. José
Saborido.
Nas palavras do prof. Aloísio Teixeira, a UFRJ sente-se honrada
por ter sido palco dessa grande homenagem, ao fazer uma ponte entre
Brasil e Cuba. Segundo o reitor, a importância do evento está
em receber Oscar Niemeyer na Instituição e celebrar
um título vindo de uma universidade cubana, sendo Cuba uma
referência para aqueles que defendem os ideais comunistas,
como o arquiteto: – Nós sabemos o que Cuba representa
para lutadores como você e humildes seguidores como nós
– afirmou Aloísio.
Oscar Niemeyer preferiu agradecer de uma forma diferente. Não
querendo fazer discurso, ele apenas falou da importância de
Cuba, que é um exemplo para América Latina, e lembrou
do líder Fidel Castro: – É ele que nos ensina
que é preciso arriscar. Quando a vida se degrada, só
a revolução!
Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1935, Oscar
passou alguns anos de sua vida se dedicando ao ensino público,
quando foi coordenador da Escola de Arquitetura da Universidade
de Brasília, em 1962. Hoje, ele aconselha os novos profissionais
da arquitetura a encararem o mundo de forma lúdica e consciente,
apesar de não acreditar mais no ensino público de
qualidade. “O ensino é péssimo, ministrado dentro
do possível pelas condições econômicas
existentes (...) não basta o arquiteto sair da escola como
ótimo profissional. É preciso que ele leia, se informe,
assista a aulas sobre letras, literatura e que possa participar
melhor desse mundo injusto em que vivemos”.
No final, o professor Roberto Segre, atualmente professor da Faculdade
de Arquitetura da UFRJ, fez uma exposição sobre a
vida e obra de Niemeyer, falando de alguns prêmios ganhos
pelo homenageado ao longo de sua vida e mostrando os vários
projetos arquitetônicos que ganharam forma nas mãos
de um dos mais importantes arquitetos de toda história.
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