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11.05.2004  
   

Conhecendo e Reconhecendo a Dança na UFRJ

"Conhecendo e Reconhecendo a Dança na UFRJ" é tema de seminário na Escola de Educação Física e Desportos. Diante de tanta produção científica e pesquisadores lançando mini-baja, produtos químicos como luminol e tanque oceânico; uma área tão especial fica esquecida, de certa forma, pela comunidade acadêmica. A dança, a música, as artes plásticas e cênica junto com outras artes também estudadas na UFRJ, formam elementos fundamentais para produção artística dentro da instituição, mas pela falta de investimento e recursos, essa produção fica cada vez mais escassa.
Devido ao problema, o segundo módulo do seminário interno do Departamento de Arte Corporal abriu a semana de debates com a mesa: "Política de Arte e Cultura na UFRJ: perspectivas e prospecções", discutindo o que se pode fazer pela dança dentro da universidade.
O evento contou com a presença da Superintendente de Ensino de Graduação, professora Déia Maria Ferreira, do Superintendente de Desenvolvimento e Extensão, Alexandre Nazaré, do Diretor da Escola de Educação Física e Desportos, prof. Alexandre Mello, da Chefe do Departamento de Arte Corporal, professora Katya Gualter, do Coordenador do Curso de Bacharelado em Dança, prof. Frank Wilson Roberto, da representante do CCS no Conselho Universitário e ex-decana, professora Vera Lúcia Halfon e da Coordenadora do Núcleo de Pesquisa Social do IFCS, professora Liana Cardoso.
Na abertura, Déia Maria falou da importância de retomar a política de arte e cultura dentro da UFRJ, principalmente pelo fato do Departamento de Arte Corporal liderar essa discussão. “Esse evento pode dá um ponta-pé inicial e uma reflexão maior sobre uma área que ficou ao longo desses anos bastante relegada.”, enfatizou a superintendente.

Segundo Katya Gualter, o evento surgiu da necessidade dos próprios professores de se discutir as linhas de pesquisas dentro do Departamento. No seminário, eles compartilharam com o público as conclusões de suas pesquisas de mestrado:
“No primeiro momento, achamos necessário nos situarmos sobre a importância da dança enquanto espaço de pesquisa e produção de conhecimento no ensino público superior brasileiro. A escola de dança ainda está muito isolada, não pela opção da própria escola, mas pela trajetória histórica do curso. Então isso nos levou não só reproduzir, mas ampliar a discussão, levando propostas de políticas públicas para a UFRJ. Para a dança e para as artes, de forma geral, tem sido muito difícil a titulação, justamente, por não existirem, no mercado, mestrado e doutorado que acolham o profissional de dança, tanto intérprete quanto coreógrafo, principalmente no Rio de Janeiro. Alertamos também a falta de órgãos de fomento para apoiar a pesquisa artística, como acontece com a pesquisa científica. Precisamos de uma política que acolha não somente as produções científicas, já que nem todas as nossas produções podem ser confinadas nos laboratórios de pesquisas e nas salas de aula. Elas precisam sair, precisam dialogar com o espectador, ao vivo. Se essa política atual continuar, teremos o curso de dança, mas não veremos a dança”, completou Gualter.

Antes do debate, o público pôde conferir uma apresentação de dança com alunos do curso de graduação. Ao apreciar o trabalho artístico apresentado, Déia Maria afirmou: “É desejável que isso que vemos aqui possa se ampliar no futuro bastante próximo para que tenhamos não só a valorização, mas também o desenvolvimento e o lançamento para o público carioca do que se faz nessa Escola, como também na Escola de Belas Artes, de Música e de Comunicação, com o curso de direção teatral.”
O seminário acontece ainda nos dias 11 e 12, apresentando temas variados como: A dança como instrumento de socialização dentro da escola e Uma Semiologia do Samba: o bailado do mestre-sala e da porta-bandeira. São trabalhos acadêmicos de alunos do curso de bacharelado como Isabela Maria Azevedo e Criscila Francis Reis, que mostram os temas citados respectivamente, além dos professores do Departamento de Arte Corporal.

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