Conhecendo
e Reconhecendo a Dança na UFRJ
"Conhecendo
e Reconhecendo a Dança na UFRJ" é tema de seminário
na Escola de Educação Física e Desportos. Diante
de tanta produção científica e pesquisadores
lançando mini-baja, produtos químicos como luminol
e tanque oceânico; uma área tão especial fica
esquecida, de certa forma, pela comunidade acadêmica. A dança,
a música, as artes plásticas e cênica junto
com outras artes também estudadas na UFRJ, formam elementos
fundamentais para produção artística dentro
da instituição, mas pela falta de investimento e recursos,
essa produção fica cada vez mais escassa.
Devido ao problema, o segundo módulo do seminário
interno do Departamento de Arte Corporal abriu a semana de debates
com a mesa: "Política de Arte e Cultura na UFRJ: perspectivas
e prospecções", discutindo o que se pode fazer
pela dança dentro da universidade.
O evento contou com a presença da Superintendente de Ensino
de Graduação, professora Déia Maria Ferreira,
do Superintendente de Desenvolvimento e Extensão, Alexandre
Nazaré, do Diretor da Escola de Educação Física
e Desportos, prof. Alexandre Mello, da Chefe do Departamento de
Arte Corporal, professora Katya Gualter, do Coordenador do Curso
de Bacharelado em Dança, prof. Frank Wilson Roberto, da representante
do CCS no Conselho Universitário e ex-decana, professora
Vera Lúcia Halfon e da Coordenadora do Núcleo de Pesquisa
Social do IFCS, professora Liana Cardoso.
Na abertura, Déia Maria falou da importância de retomar
a política de arte e cultura dentro da UFRJ, principalmente
pelo fato do Departamento de Arte Corporal liderar essa discussão.
“Esse evento pode dá um ponta-pé inicial e uma
reflexão maior sobre uma área que ficou ao longo desses
anos bastante relegada.”, enfatizou a superintendente.
Segundo
Katya Gualter, o evento surgiu da necessidade dos próprios
professores de se discutir as linhas de pesquisas dentro do Departamento.
No seminário, eles compartilharam com o público as
conclusões de suas pesquisas de mestrado:
“No primeiro momento, achamos necessário nos situarmos
sobre a importância da dança enquanto espaço
de pesquisa e produção de conhecimento no ensino público
superior brasileiro. A escola de dança ainda está
muito isolada, não pela opção da própria
escola, mas pela trajetória histórica do curso. Então
isso nos levou não só reproduzir, mas ampliar a discussão,
levando propostas de políticas públicas para a UFRJ.
Para a dança e para as artes, de forma geral, tem sido muito
difícil a titulação, justamente, por não
existirem, no mercado, mestrado e doutorado que acolham o profissional
de dança, tanto intérprete quanto coreógrafo,
principalmente no Rio de Janeiro. Alertamos também a falta
de órgãos de fomento para apoiar a pesquisa artística,
como acontece com a pesquisa científica. Precisamos de uma
política que acolha não somente as produções
científicas, já que nem todas as nossas produções
podem ser confinadas nos laboratórios de pesquisas e nas
salas de aula. Elas precisam sair, precisam dialogar com o espectador,
ao vivo. Se essa política atual continuar, teremos o curso
de dança, mas não veremos a dança”, completou
Gualter.
Antes
do debate, o público pôde conferir uma apresentação
de dança com alunos do curso de graduação.
Ao apreciar o trabalho artístico apresentado, Déia
Maria afirmou: “É desejável que isso que vemos
aqui possa se ampliar no futuro bastante próximo para que
tenhamos não só a valorização, mas também
o desenvolvimento e o lançamento para o público carioca
do que se faz nessa Escola, como também na Escola de Belas
Artes, de Música e de Comunicação, com o curso
de direção teatral.”
O seminário acontece ainda nos dias 11 e 12, apresentando
temas variados como: A dança como instrumento de socialização
dentro da escola e Uma Semiologia do Samba: o bailado do mestre-sala
e da porta-bandeira. São trabalhos acadêmicos de alunos
do curso de bacharelado como Isabela Maria Azevedo e Criscila Francis
Reis, que mostram os temas citados respectivamente, além
dos professores do Departamento de Arte Corporal.
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