Sistema
da UFRJ "silencia" ponte Rio-Niterói
A partir de maio, a Ponte Rio-Niterói não vai mais
ser interditada por causa das oscilações provocadas
pelos fortes ventos no vão central da estrutura. O programa
de Engenharia da Coppe/ UFRJ (Coordenação dos Programas
de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro) desenvolveu um sistema de atenuação
de movimentos, o ADS (Atenuadores Dinâmicos Sincronizados),
que vai reduzir em 80% as oscilações.O ADS é
um contrapeso que amenizará os movimentos verticais da ponte,
que alcançam até 1,2 metro, o equivalente a 60 centímetros
para cima e 60 centímetros para baixo. Com o novo sistema,
a estrutura vai se movimentar apenas 10 centímetros.O sistema
funciona com 32 caixas de aço que pesam duas toneladas cada.
Elas têm a função de atenuar as oscilações
e serão instaladas nas vigas gêmeas da ponte, estarão
presas a seis molas em espiral, com capacidade para se alongar até
3,5 metros.Quando a ponte se desloca, movimenta uma massa de peso
equivalente a 6.000 toneladas. O atenuador consegue mobilizar 1%
desse peso."É o suficiente para corrigir os movimentos
que colocavam em risco os usuários. A ponte estava fora do
limite técnico. Agora, as tensões na estrutura serão
reduzidas. Além disso, os atenuadores vão corrigir
a probabilidade de alastramento das fraturas que já existem
na ponte por causa da redução da tensão nas
estruturas", disse o engenheiro e coordenador do projeto, Ronaldo
Battista.A ponte é interditada quando ventos de até
55 km/h fazem a estrutura se mover. Em alguns casos, não
é possível parar o tráfego a tempo, e os usuários
ficam em pânico e abandonam os veículos, com medo de
não conseguir controlar o veículo.No vão central
da ponte, onde será instalado o sistema, a altura é
de 70 metros. As vigas do vão central têm 300 metros
cada uma, e os vãos laterais, 200 metros.
Agência
Folha (Online), editoria Dinheiro
São Paulo, 13 de março, sábado.
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