“...pra
não se machucar no Carnaval..”
Carne
vale, a palavra latina que significa “adeus a carne”
e que deu origem ao nosso aportuguesado Carnaval, reúne as
premissas da festa que nasceu para a despedida dos prazeres antes
do período da Quaresma.
Como o próprio nome diz, é nos dias de momo que ocorrem
os excessos da carne, não só no que tange a gastronomia,
mas também dos prazeres do corpo, o que pode acarretar em
descuidos na saúde dos foliões. Por esse motivo, ocorre
a intensificação de campanhas para a prevenção
da AIDS e de outras doenças contagiosas no Carnaval, como
define a co-coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento
(CTA) do HESFA, Sandra Telles: “Por serem vários dias
de feriados e festas, existe uma possibilidade maior das pessoas,
em função do aumento da ingestão de álcool
e da euforia, se exporem mais ao risco de contaminação
pelo vírus HIV nessa época” .
Em geral o foco das campanhas prima pelo o uso da camisinha, ato
conhecido, mas pouco praticado. A procura por preservativos aumenta
nos dias de Carnaval e o HESFA absorve a demanda com a distribuição
de 12 mil camisinhas gratuitas por mês, além da troca
de seringas para usuários de drogas, o que reduz o dano do
vício, impedindo a contaminação do vírus
pelo uso de agulhas compartilhadas. “Esse projeto acontece
desde 2002 e é um trabalho de redução de danos
com o usuário de drogas. Nós temos uma troca de seringas
para os viciados que não têm condições
para as comprar, mas o foco é a discussão sobre redução
do dano relacionado ao uso de drogas e possibilidade de infecção
por doenças sanguíneas, seja HIV, seja hepatite B
ou C”. constata Sandra.
O trabalho de prevenção, orientação
e aconselhamento aos prováveis soropositivos é realizado
durante o ano inteiro pelo CTA do Hospital Escola São Francisco
de Assis que oferece também o teste gratuito e anônimo:
“As pessoas estão mais ou menos compreendendo que qualquer
um pode estar exposto ao vírus. O CTA está fazendo
12 anos e o balanço do nosso trabalho de implantação
do serviço é muito positivo. Fazemos um serviço
de testagem que é treinamento e referência para outros
serviços de saúde. Temos cerca de mil pacientes por
mês que variam de 700 a 900 pessoas atendidas. É um
serviço que está consolidado, mas para o controle
da epidemia é necessário outras medidas” avalia
a co-coordenadora.
Últimas
Matérias
10.02.2004
"Reforma
Universitária proposta pelo governo Lula é regressista"
03.02.2004
Mudança
no Ministério da Educação
27.01.2004
Escola
de Belas Artes no desfile das escolas de samba
|