Polêmica
das notas do vestibular
Já saiu o resultado do vestibular/UFRJ 2004, e em meio a
grande expectativa dos candidatos, há muita insatisfação
em relação às notas. Muitos que acharam que
seu desempenho seria melhor, sentiram-se prejudicados pela banca
avaliadora. Esse é o caso da candidata Maria Isabel de Andrade.
A professora Déia Maria dos Santos, coordenadora geral da
Comissão de Vestibular, opina sobre o assunto.
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Maria
Isabel de Andrade
A
candidata ao curso de Letras Maria Isabel de Andrade se
sentiu injustiçada com suas notas de inglês
no vestibular 2004. Mesmo sendo aprovada no concurso, considerou
a nota uma afronta aos seus anos de curso de inglês.
“Este foi meu segundo vestibular para a UFRJ e também
minha segunda aprovação. Em 2002 comecei a
cursar psicologia mas abandonei por não me identificar
com o curso. Neste mesmo ano eu ainda não havia terminado
meu curso de inglês, mas não tinha problemas
com notas, pois esperava tirar 8 e obtive 7,75. Eu me senti
injustiçada com a nota de inglês deste ano
porque esperava tirar 9 e tirei apenas 5,75. E hoje eu sou
formada, tenho o certificado de Cambridge e uma pequena
experiência como professora. Não acredito que
tenha sido uma questão de momento, pois no mesmo
dia fiz as provas de redação e de português
nas quais obtive notas 10 e 7,88 respectivamente. Gabaritei
as provas de língua inglesa da UFF e da Unirio e
tirei 9,5 na discursiva desta última. Talvez se não
fosse esta nota de inglês eu tivesse garantido mais
que o segundo lugar.”
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Professora
Déia Maria
“Nós
não mudamos o critério de avaliação.
Ele continua o mesmo, como está descrito no manual
do candidato. Cada prova é avaliada por dois avaliadores,
que não tem conhecimento um do outro. É
um programa de números aleatórios. Quando
as notas têm uma diferença entre um avaliador
e outro acima de 1,5, há uma discrepância
entre eles. Essa prova volta para mais dois avaliadores
e, então, obtem-se a nota final. Quando a nota
é lançada ela já foi vista por mais
dois avaliadores, que têm conhecimento das notas
anteriores. Além disso, o aluno que discorda de
uma de suas notas tem direito a revisão de prova.
A prova é revista por mais dois avaliadores, que
têm conhecimento das notas anteriores, e essa passa
a ser a nota final, que pode ser igual, maior ou menor.
As provas são subjetivas, mas os critérios
de correção têm uma direção
com conteúdos básicos. Então, se
a questão vale dois pontos ela pode ser desmembrada,
receber meio, 0,75, ou um ponto. Esses são os critérios
utilizados, que não mudaram.”
A professora falou também da correção
de algumas provas, como a de redação, que
leva em consideração o tema proposto. “O
candidato tem de fazer uma redação com todas
aquelas normas exigidas da língua portuguesa, respeitando
o tema definido. A banca de português se reúne,
criteriosamente, antes, e afinam-se todos os procedimentos
possíveis.”
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