Ponto de Vista

 
13.01.2004  
   

A despoluição da Baía de Guanabara é possível?

A Baía de Guanabara abriga 53 praias e impressiona por seu tamanho e beleza. No entanto, encontra-se há anos em um estado crítico de poluição. Por que parece ser tão difícil resolver este problema?
Para o Prof. Isaac Volshan Jr. da Escola Politécnica da UFRJ, “em áreas de alta concentração populacional, os esgotos sanitários são os grandes responsáveis pelo comprometimento da qualidade ambiental dos corpos d’água, e no caso da Baía de Guanabara não é diferente”.
Isto ocorre devido à ausência de sistemas de coleta, de transporte e tratamento e destinação final do esgoto por carência no investimento em infra-estrutura. Esta “incapacidade” em resolvermos esta situação é decorrente do alto custo financeiro para realização de obras civis, instalação de equipamentos eletro-mecânicos e procedimentos operacionais e de manutenção.
Volshan cita alguns projetos já apresentados como o “Programa de Despoluição da Baía de Guanabara”, implantado pelo Governo do Estado em 1995 que levou à ilusão de que, com o término das intervenções, teríamos uma Baía “limpa”, o que infelizmente, não é verdade. Assim como a despoluição também não ocorreu com o Reconstrução-Rio, financiado pelo banco Mundial e Ambiente-Rio, durante o Governo Collor, por exemplo.
Contudo, ainda é possível acreditar na despoluição na Baía de Guanabara e de suas praias.Volshan lembra da Praia de Icaraí, em Niterói, que teve um salto de qualidade após investimentos naquela região. Contudo, as praias do fundo da Baía, principalmente a Bacia de Pavuna-Meriti e a região de Ramos estão em situação ainda mais complicada devido a enorme quantidade de esgoto sanitário vindo da região da Avenida Brasil, limites do Rio de Janeiro com os municípios da Baixada. A despoluição é, portanto, a longo prazo.

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