Ponto de Vista

Realidade Aumentada

 

 

Gisele Motta

 

Na última quarta-feira (20), foi realizada, no Oi Futuro, a palestra “Realidade Aumentada” com Daniel Gelder, vice-presidente da Metaio, a maior empresa do mundo dedicada a produzir livros e aplicativos com esta tecnologia, e Rogério da Costa, do Laboratório de Estudos em Inteligência Coletiva. A palestra faz parte do Oi Cabeça, projeto da Aeroplano Editora, com o patrocínio da  Oi e Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro.

Daniel Gelder explicou resumidamente o que é realidade aumentada. “R. A. é basicamente a combinação de informação digital com informação do mundo real. Podemos dar como exemplo um smartphone, que, apontado para um prédio consegue reconhecê-lo e dar mais informações ao usuário sobre aquele local”. Isso se encaixa na definição mais aceita para Realidade Aumentada, feita por Ronald Azuma, americano especializado na área, que a define como um sistema que combina elementos virtuais com o ambiente real, é interativa e tem processamento em tempo real, e é concebida em três dimensões.

No final da década de 90, começou-se a pensar, através do mundo dos videogames, em R.A e imersão ambiente, onde o jogador misturaria o ambiente real com o jogo. Em 2006, segundo Daniel, a tecnologia começou a tornar-se mais popular e ele e sua empresa “tentam desenvolver como isso pode funcionar na indústria”.

A Metaio, pensa, por exempl, que a R.A. pode ajudar na indústria automobilística, como um gerenciador de diagnósticos. O carro chega para ser consertado e, através de um aplicativo, um computador portátil analisa o problema e diz como deve ser consertado. Um exemplo esclarecedor que Gelder deu foi de um projeto com legos desenvolvido pela empresa. “Desenvolvemos um computador que reconhece o que está dentro da caixa. E a partir daí forma a imagem em três dimensões (3d) na tela”.

O empresário acredita que a tecnologia está se desenvolvendo rapidamente e que, em breve, fará parte da vida cotidiana. “Achamos que, em 2014, haverá um mundo no qual as pessoas irão realmente utilizar essa tecnologia. Para verificar o que está faltando na geladeira, compra online etc. Se tornará parte da vida diária, estamos trazendo o digital para a vida. Nós queremos escanear tudo, ter informação sobre tudo. Para isso precisamos solucionar alguns problemas e estamos trabalhando para isso”.

Daniel explica que a tecnologia tem que parecer verdadeira. Por isso o cuidado com sombras em todos os objetos em 3d e movimentos corretos. “Tem que ter sentimento de realidade” diz ele. Um desafio importante é fazer com que o mundo real, de alguma forma, reaja ao mundo virtual. Não é somente criar objetos em 3d, mas fazer com que eles respondam ao toque das pessoas.

Além desses desafios técnicos, a R.A. deve ser divertida. A maioria dos aplicativos na área, no momento, funciona para o entretenimento, como aplicativos de raio X para celular ou aplicativo para escaneamento de ruas. Isso, no entanto, ainda pode mudar. E muito.

http://www.youtube.com/watch?v=mUuVvY4c4-A
http://www.youtube.com/watch?v=6YzSyiUs7sU

 

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