No Foco

Promovendo saúde

Raquel Gonzalez

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A história do surgimento da Divisão de Saúde do Trabalhador (DVST), segundo Rosemarie Galvão, enfermeira do trabalho e substituta eventual da direção, não é bem marcada, mas ela relata que, de acordo com funcionários mais antigos, o setor nasceu no final da década de 1960, como serviço de saúde aos funcionários que construíram a UFRJ e contava inicialmente apenas com um balcão médico. Com as necessidades de atendimento que surgiram ao longo dos anos, evoluiu e transformou-se na DVST que existe hoje.

A DVST é dividida em três sessões: perícia médica, setor de medicina de saúde e segurança do trabalho e setor de Programas Especiais. A primeira atende o previsto na lei 8.112 do ano de 1990 – regime estatutário do servidor público – e trata de todos os itens referentes à lei que exigem exame ou junta médica, como licença médica ou de gestante, exame admissional e exame periódico, por exemplo. Já o segundo setor tem por função promover avaliações dos locais de trabalho para ergonomia e controle de acidentes. O terceiro setor, o de Programas Especiais, desenvolve programas de vacinação – como a campanha de vacinação contra rubéola –, de saúde oral, da saúde da mulher, além de programas de prevenção à hipertensão, diabetes e AIDS. Os programas desenvolvidos pela DVST são voltados para toda comunidade da UFRJ, o que inclui alunos, funcionários, docentes, moradores da Vila Residencial dos funcionários e da Ilha de Bom Jesus.

Um dos programas desenvolvidos pela Divisão, por exemplo, o Previna-se, é uma campanha contra a Aids, que promove a distribuição de preservativos, concedidos pela Secretaria Estadual de Saúde, além de palestras em que os participantes podem esclarecer suas dúvidas acerca do assunto.

Edmundo Vieteis, presidente da Junta Médica, explica que o ambiente de trabalho, local em que as pessoas passam grande parte de suas vidas, precisa ser adequado para que possa influenciar positivamente na saúde, tanto física quanto mental, do funcionário e, conseqüentemente, nos seus relacionamentos profissionais e em sua produtividade. “A DVST tem como principal função melhorar a qualidade de vida do servidor, refletindo em sua produtividade. Em termos gerais, a saúde do trabalhador está diretamente relacionada ao retorno que o mesmo dá à remuneração que recebe. Temos aqui uma visão ampla de saúde e produção”, completa Vieteis.

Em relação às oportunidades de estágio na Divisão de Saúde do Trabalhador, Rosemarie Galvão explica que recebem alunos em diversos setores, como Saúde e Segurança do Trabalho. Estão atualmente, por exemplo, com uma turma de estagiários em Enfermagem do Trabalho oriundos da Graduação da Escola de Enfermagem Ana Nery (EEAN/UFRJ). Costumam receber também estagiários de nível médio que atuam como técnicos em Segurança do Trabalho. O estágio na DVST dura um semestre e não é remunerado, contando apenas na grade curricular. Há um pequeno processo seletivo de estagiários e a divulgação ocorre geralmente no “boca-a-boca”, como define Rosemarie. No momento, a DVST está buscando estagiários de Serviço Social e Odontologia para ajudar em suas atividades junto à comunidade universitária. Quem se interessar pode ligar para o telefone 3873-6693 ou comparecer à Divisão, localizada na Rua 7, s/n°, atrás do prédio da reitoria e ao lado da Divisão de Transporte.

Campanha Contra a rubéola na UFRJ

A Campanha Nacional contra a rubéola, promovida pelo Ministério da Saúde, foi desenvolvida na UFRJ pelo Centro de vacinação da Divisão de saúde do trabalhador. A campanha, iniciada em 11 de agosto, vai até o próximo dia 19 de setembro. Até o momento já foram aplicadas cerca de 7.500 vacinas.

Segundo a coordenadora técnica do Centro de Vacinação (CVA/DVST), Maira Fontanelli, não existiu uma meta inicial de imunizações, pois a população na universidade é muito flutuante. Como a maior parte da comunidade da UFRJ faz parte também de outras comunidades – os locais de moradia – torna-se difícil precisar um quantitativo anterior à campanha. Apesar disso, o movimento de busca por vacinação no posto da DVST foi grande e causou surpresa na equipe.

— Eu, particularmente, me surpreendi com o volume de atendimento que tivemos com a campanha da rubéola. Tivemos todos os dias fila para atendimento, o que demonstra que obtivemos uma grande demanda. Um fato observado por mim é que não tivemos uma grande procura de homens – uma proporção, em média, de quinze mulheres para cada homem nas filas. O que é muito ruim, pois a vacinação deveria atender tanto a parte feminina quanto a masculina da população. Penso que deveríamos provocar a população masculina de estudantes e funcionários da Universidade para tentar entender os motivos do não-comparecimento já que é um programa importante e a não-adesão da população masculina significa um reservatório do vírus, dificultando a erradicação da doença — esclarece o médico Edmundo Vieteis.

As outras vacinas disponibilizadas pela DVST são: tétano, difteria, sarampo, febre amarela, hepatite B, dupla viral e, agora também, a anti-rábica. Todas são voltadas ao público adulto. A vacinação infantil é promovida pelo Instituto de Puericultura e Pediatria Margatão Gesteira (IPPMG/UFRJ), localizado também na Cidade Universitária.