No Foco

O lado humano dos pré-vestibulares

Luciana Campos

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“ A UFRJ ganha com isso um quadro humano muito mais sensível à realidade”, afirmou Teresa Andrea Florêncio da Cruz, uma das coordenadoras pedagógicas do pré-vestibular comunitário da UFRJ, em relação aos benefícios para a universidade com a implementação deste tipo de projeto. As favelas do Caju, na zona portuária do Rio de Janeiro, em 2005, foram escolhidas para abrigar o projeto piloto do pré-vestibular comunitário da universidade, que integra uma ação da Divisão de Integração Universidade Comunidade da Pró-Reitoria de Extensão (PR-5). Em 2006, além do Caju, onde há duas turmas de pré-vestibular, mais nove foram abertas em Nova Iguaçu, resultado de uma parceria firmada entre a prefeitura do município e a universidade.

Resultados

Fábio da Silva Hiramoto, de 18 anos, estudou no ano passado em uma das turmas do Caju e foi aprovado em 5° lugar no vestibular de Direito da UFRJ, com 44.7 pontos .

“ Meu pai não acreditou quando eu falei que havia passado em 5° lugar em Direito para a UFRJ. Ele só acreditou quando viu meu nome no jornal”, disse Fábio, que se matriculou no pré-vestibular comunitário por intermédio de uma vizinha, que lhe contou sobre o curso. Além de Fábio, outros dois alunos foram aprovados na UFRJ para os cursos de Ciências Sociais e Biologia .

Segundo Fábio, o curso foi fundamental em sua aprovação. Até porque, explicou ele, lá existem bons professores e uma infra-estrutura que permitem os alunos estudarem.O estudante, que inicia suas aulas em agosto,hoje trabalha no curso pré-vestibular comunitário do Caju como supervisor de campo, tendo como responsabilidade atualizar o mural do curso para que os estudantes fiquem informados sobre as provas dos vestibulares e as aulas. Os alunos do curso têm prioridades no processo de insenção da taxa de vestibular da UFRJ.

Os professores do pré-vestibular comunitário são universitários da UFRJ das seguintes unidades: Faculdades de Letras, de História, de Geografia, de Biologia e Institutos de Matemática, de Física, de Química e de Psicologia. Atualmente, há no projeto 58 universitários que recebem bolsas de R$ 300,00 mensais pagas pelo PIBEX, que é um programa Institucional de Bolsas de Extensão mantido com recursos próprios da universidade.

 

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