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Edição 321      23 de novembro de 2010


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Uma maré de mulheres com iniciativa



Luiza Ramos

Uma nova atividade faz parte do projeto “Uma maré de mulheres” e do dia a dia da UFRJ: a feira de artesanatos e doces  realizada pelo Centro de Referência de Mulheres da Maré Carminha Rosa (CRMM-CR). A exposição e venda acontecem no campus da UFRJ na Praia Vermelha, sempre às sextas-feiras em frente ao prédio do Cento de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e, às terças-feiras, na Prefeitura Universitária, na Cidade Universitária, das 9 às 16 horas, do dia 12/11 até o dia 8/12.

A partir de oficinas e cursos desenvolvidos pelo CRMM-CR, as próprias mulheres do projeto “Uma maré de mulheres” tomaram a iniciativa de realizar uma feira. São 30 alunas, de diferentes idades, que encontraram no artesanato e na confecção de panetones, chocolates e bombons, inclusive veganos, uma forma de terapia e de independência financeira. Eliana Moura, coordenadora do Centro de Referência de Mulheres da Maré (CRMMCR) Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (NEPP-DH), acredita que além de ser uma alternativa para geração de renda e uma tentativa de sair da situação de violência doméstica vivenciada por algumas delas, a iniciativa também serve para a busca de informações sobre seus direitos abrindo espaço para reflexões sobre a vida cotidiana de cada uma.

Algumas mulheres chegam ao projeto a partir de indicação de amigos, vizinhos ou devido à divulgação permanente no bairro da Maré em escolas, postos de saúde e em eventos comemorativos como o Dia Internacional da Mulher (8/3), Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres (25/11) e outras datas que dão visibilidade à questão da desigualdade de gênero ou que tratem da temática dos direitos humanos e dos direitos das mulheres tendo em vista a conquista da cidadania feminina. Segundo Eliana, todos os cursos e oficinas oferecidos pelo CRMM-CR possuem carga horária mínima de 15 horas semestrais de atividades culturais. São articuladas diferentes atividades como a ida ao teatro, exposições, lançamento de livros, museus, centros culturais e locais turísticos da cidade. “Além disso, desenvolvemos quinzenalmente uma sessão ‘Cine Pipoca’, com exibição de película seguida de debate e reflexão”, detalhou a coordenadora. A ideia da feira complementa o projeto e “interfere no alargamento do universo do olhar dessas mulheres, interferindo definitivamente em sua situação de sujeito no mundo, sujeito de direitos capaz de exercer sua cidadania”, explicou Eliana Moura.

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