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Edição 292      20 de abril de 2010


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Tecnologia no combate ao fogo

Bruno Franco

O combate a incêndios no Rio de Janeiro tem se tornado mais eficiente e racional desde 2008. A razão disso é um acordo formal de cooperação entre o Laboratório de Geoprocessamento (Lageop), do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) e o Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ).

Uma das unidades de apoio estratégico do Corpo de Bombeiros, o Grupo Tático de Suprimento de Água para Incêndio (GTSAI), elaborou o Plano de Gerenciamento de Recursos Hídricos, com objetivo de levantar os recursos hídricos que possam auxiliar cada jurisdição de grupamento de bombeiros durante as missões atendidas na cidade do Rio de Janeiro. 

Visando a cadastrar as localizações geográficas de recursos hídricos e estabelecer relações de proximidade entre elas e os locais onde ocorram incêndios e outros acidentes que ponham em risco a população e o meio-ambiente, o GTSAI buscou a parceria com o Lageop para a utilização do inovador programa de sistematização de informações georeferenciadas:  Vigilância e Controle de Situações Ambientais Críticas (Vicon) do Sistema de Análise Geo-Ambiental (Saga).

De acordo com Tiago Marino, colaborador do Lageop e um dos responsáveis pelo projeto do Vicon, o acordo é mais do que a simples aplicação de um modelo. Para ele, é a construção conjunta de um sistema específico de geoprocessamento, a partir das informações levantadas pelo CBMERJ necessárias para um desempenho eficiente.

O sistema traz um banco de dados com informações acerca dos recursos hídricos localizados nas imediações onde os bombeiros precisarão atuar, tais como: rios, hidrantes (e se estão aptos para uso ou não), cisternas entre outros. Os pontos devem estar localizados num raio de 300 metros. Segundo Marino, isso é especialmente importante em áreas críticas, tais como aglomerações (jogos e espetáculos) e locais de alta densidade urbana (bairros como Copacabana).

O Lageop também prepara os profissionais para o uso do Saga, ministrando cursos e palestras e franqueando a visitação e o uso do laboratório. O sistema especificamente desenvolvido também é atualizado periodicamente para se manter adequado às necessidades de atuação do CBMERJ.

 

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