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Edição 155      19 de abril de 2007


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Coleta Seletiva mobiliza universidade

Kareen Arnhold

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Atendendo a uma ordem oficial do governo brasileiro — baseada no Decreto n° 5.940, que determina a obrigatoriedade do sistema de coleta seletiva de lixo para as instituições públicas federais — e, principalmente, reforçando o compromisso social da universidade, a UFRJ estrutura o sistema de coleta seletiva de lixo em seus campi e unidades isoladas. O esforço para implantação do novo sistema está concentrado no Recicla UFRJ, projeto coordenado por uma Comissão interna, montada em fevereiro de 2007, na qual atuam diretamente a Pró-Reitoria de Extensão, a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), o Escritório Técnico e a Prefeitura da UFRJ.

O ponto de partida do Recicla UFRJ é a implantação do Projeto Piloto Recicla CT, que converge ações do Instituto de Química, do Projeto Recicla Coppe (em andamento) e de sete Laboratórios de Pesquisa. É através deste trabalho experimental se conhecerá as potencialidades e necessidades da universidade, para então poder atuar institucionalmente, formulando diagnósticos, preparando projetos para as unidades que ainda não se organizaram e articulando projetos já existentes.

Esta articulação evidencia um objetivo maior que a simples estruturação física de um sistema de coleta de lixo: a gestão de resíduos com a colaboração de toda a universidade, respeitando as particularidades que cada unidade apresenta. De acordo com Isabel Cristina Alencar de Azevedo, presidente da Comissão, “uma instituição do porte da UFRJ deve reunir o conhecimento que produz. Não queremos um projeto padrão, mas sim, identificar as iniciativas que já acontecem para melhor atuarmos”.

Modelo de referência

Antes de todo este movimento institucional em prol da coleta seletiva de lixo e de qualquer determinação por ordem da lei a este respeito, o Instituto de Química (IQ/UFRJ) já se mostrava envolvido com tais causas. Com o objetivo de implantar a coleta de forma sistemática e auto-sustentável e com a participação de toda comunidade, o IQ lançou, em maio de 2002, seu Programa de Coleta Seletiva e Reciclagem.

Dificuldades enfrentadas pelo programa — tais como falta de espaço físico adequado à armazenagem do material coletado, ausência de consciência ambiental e inexistência de uma equipe mínima para dar conta das questões do dia-a-dia — já estão superadas, graças ao destaque que a mídia vem dando à questão ambiental, e à atuação decisiva do IQ em quatro frentes principais: metodologia, treinamento, avaliação contínua de resultados e divulgação.

Hoje, o programa de coleta seletiva do instituto não apenas atua de forma sistemática e auto-sustentável — com a participação dos estudantes, servidores técnico-administrativos, professores e pessoas encarregadas pela limpeza da unidade — como também, junto com outros Laboratórios do Centro de Tecnologia, serve de modelo para o Programa Recicla CT, atingindo uma das metas iniciais: ampliar a experiência do IQ para toda a comunidade da UFRJ e adjacências.

Ressaltando um dos focos do projeto da unidade que garantiram e garantem seu sucesso, Rojane Fiedler, coordenadora de Extensão do Instituto de Química, ressalta a importância dos estudantes. “Formar cidadãos conscientes do seu papel no mundo é função da universidade. Os alunos que entram em contato com projetos deste porte passam a ser multiplicadores da idéia, influenciando na mudança de atitudes de todos os que com ele convivem”.

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