No Foco

Assistência estudantil em debate

Aline Durães

 
 

No próximo dia 29 de novembro, a UFRJ sediará o “I Seminário sobre assistência estudantil”. O evento, que será realizado das 8h às 17h, no auditório Professor Horácio Macedo (Roxinho), no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), pretende discutir a ampliação das condições de permanência e conclusão dos cursos de graduação.

Para isso, trará à universidade professores e assistentes sociais de diferentes instituições de ensino. A ideia é que o seminário proporcione a troca de experiências entre seus participantes. “Uma de nossas assistentes sociais participa do Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis. Na ocasião, outras universidades dividem experiências sobre a questão da assistência. O fórum foi determinante para que cogitássemos a idéia de um seminário na UFRJ”, conta Rosany de Andrade, diretora da Divisão de Assistência ao Estudante (DAE), setor que, em parceria com a Fundação Universitária José Bonifácio e com o apoio do Banco do Brasil, organiza o evento.

Profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal Fluminense (UFF) já confirmaram presença. O Diretório Central dos Estudantes Mário Prata (DCE-UFRJ) também foi convidado para o debate. Será uma oportunidade de a UFRJ conhecer melhor as demandas dos alunos. “Acreditamos que os estudantes participarão de todo o evento. Terão voz para expressar suas reivindicações, que, de certa forma, já reconhecemos quais são”, afirma Telma Gil, assistente social da DAE.

As inscrições para o “I Seminário de Assistência Estudantil da UFRJ” estão abertas e são gratuitas. Os interessados em participar devem enviar um e-mail para dae@pr1.ufrj.br.

Principais demandas

O seminário acontece em um importante momento da história da UFRJ. Há alguns anos, a universidade vem ampliando o número de vagas de acesso e de cursos, com o objetivo de democratizar o Ensino Superior, ainda muito restrito no Brasil. No caminho da democratização, debater mecanismos que possibilitem aos alunos de baixa renda permanecer na instituição e concluir seus cursos é essencial. “Ações de assistência estudantil são determinantes para que muitos alunos finalizem os cursos. Elas devem respaldar o aluno para que ele consiga manter as despesas referentes ao curso universitário. Não adianta ter o acesso sem ter a garantia de que o estudante vai ter condições efetivas de permanecer aqui”, observa Rosany de Andrade.

A diretora aponta ainda que, além de melhorias no alojamento estudantil e da ampliação de bolsas-auxílio, uma reivindicação muito requerida pelos discentes é o atendimento médico na universidade. Apesar de haver parcerias da DAE com alguns institutos, como o de Ginecologia e o de Odontologia, a iniciativa ainda não foi formalizada. A divisão, entretanto, estuda a possibilidade de idealizar uma política de saúde para os alunos. “Temos feito esforços para montar protocolos de atendimento a esses alunos de um modo geral, mas a iniciativa ainda é incipiente”.  

I Seminário de Assistência Estudantil”, a DAE participa de um grupo de trabalho que tem como objetivo encaminhar propostas de assistência estudantil para o Conselho de Ensino de Gradução (CEG). “Acreditamos que as ações que estão sendo pensadas e as discussões que vão surgir no seminário podem convergir