Plano Diretor

Subcomitê de Cultura e Museus se reúne

Pedro Barreto - Coordcom

O subcomitê de Cultura e Museus realizou, no último dia 5, mais uma de suas reuniões regulares. Carlos Vainer, coordenador do grupo de trabalho, apresentou um documento preliminar com algumas propostas apresentadas pelos integrantes, mas enfatizou que não se tratava de um relatório final. “Esta é apenas uma apresentação preliminar com o que foi discutido nas primeiras reuniões. As demais propostas sugeridas ao longo dos debates serão adicionadas e levadas ao Comitê Técnico do Plano Diretor e, posteriormente, deliberadas pelo Conselho Universitário”, disse.

O grupo de trabalho debateu questões sobre os diversos acervos das unidades, de como preservá-los e exibi-los ao público. “Deve ser redigido um documento estabelecendo que a UFRJ deve ser responsável pela recuperação e preservação de seu acervo”, apontou Diana Maul, coordenadora de Extensão do CCS. “Imagino que alguns acervos possam ser reunidos, mas, para isto, é preciso consultar profissionais de restauração, que avaliarão a viabilidade disto. Hoje não vejo como idealizarmos um local para a exposição deste material sem antes ser feito este levantamento”, avaliou.

A professora doutora Sônia Gomes Pereira, coordenadora do Museu D. João VI, também deu sugestões. “Podemos acompanhar os debates do Instituto Brasileiro de Museus, criado recentemente e coordenado por excelentes profissionais. Acho que temos muito a ganhar com esta simbiose”, citou. A docente também sugeriu alterações de conceito na proposta a ser finalizada nas próximas reuniões. “Devemos estabelecer diferenças entre museus e centros culturais. Um museu se destina à preservação de seu acervo”, destacou.

As futuras atividades culturais a serem produzidas na Cidade Universitária também foram foco do encontro. “Tenho desconfiança sobre espaços culturais fixos para a utilização de uma só atividade. Eles tendem a ser abandonados e comercializados. A solução que eu vejo é a criação de espaços multiuso para diversas atividades e por mais de uma unidade”, defendeu Carmen Gadelha, professora do curso de Direção Teatral da ECO. Isabel Azevedo, superintendente geral da Pró-Reitoria de Extensão (PR-5), ressaltou a falta de continuidade de projetos culturais como um ponto a ser enfrentado. “Há 20 anos havia um encontro musical todo domingo aqui no campus que reunia 1500 pessoas. Era um sucesso e atraía pessoas de toda a cidade. Infelizmente isto terminou e não demos prosseguimento”, citou.

A alocação de recursos para financiar os projetos culturais foi o tema abordado por Maíra Monteiro Fróes, do Instituto de Ciências Biomédicas. “Acho que a gente precisa estar aberto para receber recursos privados, pois, sem eles, não há como realizar projetos culturais de grande porte”, opinou. Ismar de Souza Carvalho, do Instituto de Geociências e um dos coordenadores do recém-inaugurado Museu da Geodiversidade, adotou o discurso otimista. “Esta universidade é um celeiro de idéias e de pessoas querendo fazer. A questão não é dinheiro. O problema é que as pessoas tem medo de coisas novas e eu estou doido para experimentar”, apontou.

Além dos membros supracitados, o grupo de trabalho é composto por Helói Moreira (Escola Politécnica), Ivana Bentes (Escola de Comunicação), Ronaldo Lima Lins (Faculdade de Letras), Rundsthen V. de Nader e José Adolfo Campos(Observatório do Valongo), Beatriz Resende (Fórum de Ciência e Cultura), Paula Mello (Sistema de Bibliotecas e Informação), Ana Maria Moura de Alencar (Escola de Belas-Artes), Emilio Veloso Barroso (Instituto Geociências), Jacqueline Hermann (Instituto de Filosofia e Ciências Sociais), Leandro Salles (Museu Nacional), Fátima Brito (Casa da Ciência) e Fábio Sá Earp (Instituo de Economia).