Plano Diretor

Plano Diretor UFRJ 2020 prevê ampliação vertical do CCS

Diego Novaes – AgN/ CT

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O Plano Diretor UFRJ 2020 (PD) que tem como diretriz promover a integração da Cidade Universitária com as comunidades vizinhas, além da interação entre os cursos da universidade, desfazendo a concepção da fragmentação, presume a ampliação das unidades acadêmicas da Cidade Universitária. Dentre as propostas estudadas está a expansão vertical do gabarito do Centro de Ciências da Saúde (CCS), que atualmente possui dois andares e que, pelas concepções gerais do Plano, passará a ter, no mínimo, quatro pavimentos. A ampliação vertical é uma estratégia para melhor aproveitar os espaços da Cidade Universitária, como explica o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), Pablo Benetti:

— Não é apenas no CCS que pretendemos edificar quatro pavimentos, no mínimo, é uma norma que pensamos deverá ser aprovada para todo o desenvolvimento da Cidade Universitária. O objetivo e aumentar a densidade em áreas universitárias, propiciar uma economia na manutenção, otimizar a terra disponível, ou seja, ter uma atitude ambientalmente mais responsável que no passado, quando a maioria das edificações da UFRJ (na década de 70: CCMN, CCS e Letras) adotou o gabarito de dois pavimentos ocupando, objetivamente, o dobro de área necessária se fossem de quatro pavimentos. Até quatro pavimentos o acesso pode ser feito primordialmente com rampas e escadas”, disse Benetti, que integra o Comitê Técnico do PD.

Sobre a quantidade de pavimentos, Benetti informou que a adoção mínima é de 4, mas novas edificações poderão ter seis, oito ou até doze andares dependendo da área escolhida para a construção das expansões universitárias e das demandas especificas de cada unidade. Ainda de acordo com ele outro fator determinante para a adoção vertical é o impacto ambiental, já que a superfície utilizada pelas edificações no caso do CCS será a metade da prevista, evitando, assim, o aumento da impermeabilização do solo, possibilitando maior área verde no campus, melhorando a qualidade do ar.

No que diz respeito ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), não há previsão de ampliação. A “perna seca” está condenada estruturalmente já que devido à falta de uso prolongada as infiltrações fizeram com que a estrutura ficasse muito deteriorada, com ferragens a vista e comprometimento da estabilidade do prédio e, por outro lado, o padrão de construção da época impede um reparo confiável. Nestas condições o professor Pablo Benetti afirma que a melhor solução é a demolição mas, para isso a UFRJ e, sobretudo, as unidades ligadas à saúde, elaborem uma proposta do que colocar no lugar da “perna seca”. Segundo ele, “esta é uma boa oportunidade para atrair instituições de saúde capazes de ampliar os serviços que a UFRJ oferece à sociedade, servindo também como campo para a experimentação acadêmica dos alunos do CCS”.

Quanto às unidades acadêmicas externas, o professor Pablo Benetti afirmou que está sendo aguardada a devolução de um formulário que sinaliza as necessidades de transferência destas unidades para Cidade Universitária. Segundo ele o Comitê Técnico do PD tem feito ensaios preliminares contemplando a criação de uma nova área para estas unidades, criando condições que favoreçam a integração com outras disciplinas.