• Edição 264
  • 25 de agosto de 2009

Plano Diretor

Debates finais sobre o Plano Diretor

Bruno Franco - Jornal da UFRJ


Será realizada nesta quarta, dia 26, no auditório Hélio Fraga, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), a penúltima Oficina Temática do Plano Diretor, denominada “Cidade Saudável e Esportiva”.  O evento, coordenado pelo professor Waldyr Mendes Ramos, diretor da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), debaterá as principais propostas, reunidas pelo Comitê Técnico e pelo Conselho Participativo do Plano Diretor (CTPD), para as atividades de esporte e lazer na Cidade Universitária, bem como seu intercâmbio com a área de saúde.



Conselho Participativo

Foi realizada, nesta sexta, dia 21, no salão do Conselho Universitário, na Reitoria, mais uma reunião do Conselho Participativo do Plano Diretor (PD) da UFRJ. A solenidade teve por objetivo mostrar à comunidade as propostas do Plano nas áreas de inovação, energia e meio ambiente. A professora Ângela Üller, pró-reitora de pós-graduação e pesquisa (PR-3), destacou que “a Cidade Universitária tem como vocação ser um espaço de inovação e experimentação, como atesta a existência, em seus limites, de três incubadoras de empresas, dois parques tecnológicos e os mais de 2.500 projetos assinados com empresas a cada ano”.
 
O projeto que recebeu maior atenção foi o Maglev-Cobra, do pesquisador do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação (Coppe-UFRJ) Eduardo G. David. O Maglev (do inglês magnetic levitation, em português, levitação magnética) consiste em um sistema de transporte, semelhante ao trem ou metrô, mas que flutua sobre trilhos imantados.  O projeto consome menos energia e tem menor custo de manutenção do que os sistemas metro e ferroviário, além de utilizar tecnologia mais sofisticada, patenteada no Brasil. O planejamento prevê substituir parte da frota de ônibus pelo Maglev, o que resultaria em uma economia equivalente ao custo do projeto, não incluindo os benefícios indiretos, sobretudo ambientais. Segundo David, “o veículo permitirá interligação com o metrô de Del Castilho e com a Fiocruz”, afirmou.

O Maglev é ainda, de acordo com David, uma ótima alternativa ao TAV (Trem de Alta Velocidade), cujo projeto inicial feito por uma consultoria inglesa trouxe diversos e polêmicos erros de estudo de impacto ambiental e urbanístico. O projeto da Coppe-UFRJ poderia aproveitar os trajetos das linhas de trem e, por utilizar vias em elevação, não necessitaria da escavação nos 15 quilômetros de caminhos subterrâneos, como previsto pelos consultores ingleses. “O TAV Roda-Trilho é uma máquina de datilografia. O Maglev é um computador”, compara Eduardo G. David. “É preciso quebrar paradigmas”, finalizou.

Eventos reagendados

Ao final da reunião, o professor Carlos Vainer, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano Regional (Ippur), falou sobre a necessidade de outro encontro para o debate de propostas sobre Meio Ambiente. A apresentação da proposta final do Plano Diretor, que inicialmente estava prevista para o Conselho Universitário de 17 de setembro, também deverá sofrer alteração. No entanto, não chegaram a ser definidas datas para nenhum dos dois eventos.