• Edição 234
  • 16 de dezembro de 2008

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Empresa Júnior prepara alunos para o mercado de trabalho

Diego Paes – AgN/CT

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A Empresa Júnior de Consultoria em Microinformática (EJCM) completou, em outubro, 18 anos e, ao longo de todo esse tempo, desenvolve projetos de qualidade para a sociedade e proporciona aos alunos do curso de Ciência da Computação da UFRJ a vivência real de atuar numa empresa voltada para o mercado, dando a eles a oportunidade de crescimento profissional e pessoal.

Criada segundo os moldes das Empresas Juniores Francesas, a EJCM é a mais antiga da UFRJ, e, de acordo com o diretor-presidente Sérgio Kienteca, aluno do 5° período, a empresa vem desenvolvendo sites e sistemas de informação, seja um sistema para gerenciamento de estoque ou informação. “Nós também nos baseamos em nossos próprios desafios para tentar desenvolver novos softwares para as áreas de gerenciamento de pessoas, de planejamento estratégico. Nosso público alvo são pequenas e médias empresas, que, por não terem as condições de pagar um projeto de consultoria caro, recorrem à EJCM”, afirma Kienteca.

A EJCM está aberta a todos os alunos de Graduação de Ciências de Computação, desde o 1° período, sendo o espírito empreendedor o ponto principal para conseguir fazer parte da equipe, que hoje conta com 30 alunos-sócios, não remunerados, divididos nas seguintes diretorias: Conselho; Presidência; Jurídico-Financeiro; Marketing e Relações Públicas; Projetos; Treinamento e Recursos Humanos. Os trainees, em sua maioria, entram sem nenhuma prática profissional e passam por uma capacitação completa para começarem a atuar na empresa. Para a aluna do 3° período de Ciências da Computação Ana Carolina Alves, estar na empresa é um experiência única: “eu acho que não teria essa vivência em nenhum estágio, de lidar com clientes, participar de projetos e decisões”, disse.

Na UFRJ, atualmente, a Empresa Júnior de Consultoria em Microinformática vem auxiliando no desenvolvimento do site do Instituto de Matemática (IM). A EJCM já desenvolveu, também, as homepages do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) e do Centro Cultural Horácio Macedo (CCHM). Outro projeto que vem sendo estudado é o de desenvolver sites que aproximem os alunos dos professores.

Segundo o diretor-presidente Sérgio Kienteca, o grande desafio da EJCM é se colocar como uma empresa real, com clientes reais e que presta contas à Receita, não tendo fins lucrativos e sem a participação direta de professores e diretores da UFRJ, cabendo aos alunos todas as tarefas para fazer a empresa se manter: “a gente erra muito, mas nós estamos aqui para isso: errar e aprender; acabamos melhorando”, ele conta. Outro aspecto destacado pelo graduando é a relação dos estudantes com as mais diversas áreas, desde a parte de Recursos Humanos até ao Marketing e Relações Públicas, que completa a formação profissional.

No Brasil, há cerca de 600 empresas juniores representadas pela Brasil Júnior - Confederação Brasileira de Empresas Juniores, que desenvolve o Movimento Empresa Júnior como agente de educação empresarial e gerador de novos negócios. A confederação é formada por 10 federações, representando 9 estados e o Distrito Federal. No estado do Rio, o crescimento do Movimento Empresa Júnior criou a necessidade de um órgão que coordenasse as atividades das empresas juniores. Surgiu então a Rio Júnior, que representa as empresas juniores fluminenses e atua junto a órgãos públicos e privados, autoridades governamentais e à sociedade em geral, divulgando o Movimento Empresa Júnior, no Rio de Janeiro.

Os empresários juniores de vários estados do país mantêm contato e realizam eventos para trocas de informações constantemente. Em um desses encontros, realizado na Bahia, a EJCM saiu como premiada em 2° e 3° lugares em apresentações de cases.

Na UFRJ, existe um Núcleo de Empresas Juniores que acompanha o trabalho dos alunos, sendo que, atualmente além da EJCM, a UFRJ também possui a Fluxo Consultoria em Engenharia, Insight Psicologia e Ayra Consultoria de Gestão de Negócios.