• Edição 125
  • 03 de agosto de 2006

De Olho na Mídia

Laboratório produzirá novos medicamentos

A partir da biotecnologia, centro de pesquisa da Coppe-UFRJ promete diminuir gastos com remédios

A produção no Brasil de medicamentos por meio da biotecnologia, os chamados biofármacos, ganhou um enorme impulso no último dia 10, com a inauguração do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (LECC) da Coppe-UFRJ.

Com 150 metros quadrados de área construída na Ilha do Fundão, o novo centro de pesquisa é voltado para a produção de remédios considerados excepcionais no Brasil, por causa de seu alto custo. Alguns deles são usados no tratamento de doenças graves como câncer, Aids e disfunções cardiovasculares, que atingem grande parcela da população.

— Atualmente, o Brasil não fabrica nenhum desses remédios. Todos são importados. O gasto público é enorme, cerca de R$ 1,5 bilhão por ano, e nem toda a demanda é atendida. Para que isso aconteça, só há uma solução: produzir biofármacos com base em tecnologia desenvolvida no país — diz a professora Leda Castilho, coordenadora do laboratório, que conta com uma equipe de biólogos, engenheiros, farmacêuticos e químicos.

A implantação do laboratório, incluindo as instalações e os equipamentos, custou R$1,5 milhão e foi patrocinada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão do ministério da Ciência e Tecnologia. O custo, segundo Leda, se justifica plenamente. De acordo com um estudo, a produção no Brasil de apenas um dos biofármacos mais requisitados no país, um fator de coagulação sanguínea usado em hemofílicos, representaria uma economia de até R$ 120 milhões.

Veículo:O Globo – Rio de Janeiro    Data: 30/07/2006  Editoria: Ilha