• Edição 110
  • 20 de abril de 2006

No Foco

UFRJ divulga proposta de PDI

Aline Durães

foto no foco

A reitoria redigiu a proposta do Plano Qüinqüenal de Desenvolvimento Institucional (PDI) para a UFRJ. Esse pré-projeto está sendo encaminhado às diversas unidades da universidade para avaliação. Cada congregação irá analisar o documento e sugerir mudanças. Através de reuniões com os colegiados, o reitor Aloísio Teixeira pretende discutir as diretrizes do plano, reunindo idéias para reformulações no texto. Ao término dessas discussões, a versão final será entregue ao Conselho Universitário (Consuni) para aprovação.

A reitoria almeja ouvir as congregações até o final do primeiro semestre de 2006 e redigir o texto final em meados do segundo semestre desse ano. “Realizamos uma proposta de PDI para apresentar à comunidade por acreditarmos que nada deve emanar apenas da reitoria. Fazemos questão de ouvir sugestões de todas as unidades e segmentos”, afirmou a vice-reitora da UFRJ, Sylvia Vargas.

O PDI, modelo de gestão que objetiva planejar as atividades da instituição nos próximos cinco anos, é uma determinação da Lei de Diretrizes e Base (LDB). Segundo o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), cada instituição federal de ensino superior deve elaborar e aprovar em instâncias internas o seu próprio PDI. As principais universidades públicas federais já possuem um plano aprovado por seus colegiados. A UFRJ inicia esse processo tardiamente, em virtude da crise institucional por que passou nos últimos anos.

A proposta do PDI baseia-se na manutenção da excelência do ensino, pesquisa e extensão e na renovação dos diversos setores da instituição. Através de medidas corretivas, o plano pretende pensar o futuro da universidade, eliminando falhas que, desde a criação da UFRJ, na década de 20, impedem seu pleno desenvolvimento.

Propostas podem solucionar problemas históricos

A UFRJ enfrenta graves problemas constitutivos, que não foram solucionados ao longo dos anos. A ausência de integração entre as unidades acadêmicas é um ponto marcante na história da universidade. A fragmentação é responsável pela duplicação de gastos e pelo excesso de burocracia em alguns setores, além de contribuir para a superposição de funções e para o desperdício de materiais e recursos humanos.

O PDI passa a ser um critério comum para a definição de prioridades e funcionará como princípio integrador, já que estabelece objetivos globais a serem atingidos em conjunto pelas unidades da instituição. Segundo o chefe do Gabinete do Reitor, João Eduardo do Nascimento Fonseca, o plano seria a solução para o problema da fragmentação. “A UFRJ já surgiu fragmentada e continua assim até hoje, o que impede o estabelecimento de metas coletivas. O PDI, nesse sentido, é um documento fundador, pois ele é o primeiro projeto de planejamento comum da Universidade”, salienta João Eduardo.

Um outro traço inerente à universidade a ser superado com a implantação do PDI é o caráter elitista do processo de seleção de novos alunos. O vestibular é criticado por favorecer estudantes da rede privada de ensino em detrimento dos alunos provenientes de escolas públicas. Com a aprovação do PDI, o vestibular deixa de ser a principal via de acesso à universidade e, com isso, o processo de seleção passa a ser menos competitivo e mais democrático. Existe ainda a intenção de aumentar o número de cursos oferecidos, inclusive os noturnos, e o número de vagas dos cursos de graduação e pós-graduação já existentes.

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