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Edição 267      15 de setembro de 2009


No Foco

Tecnologia na Ilha da Cidade Universitária

Diego Paes de Vasconcelos - AgN / CT


Nas últimas semanas, mesmo com toda a discussão política em torno da exploração de petróleo na área do Pré-Sal um convênio foi assinado, no dia 10, entre o Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Petrobrás e a multinacional Schlumberger, uma empresa franco-americana que atua na área de suprimento em tecnologia e soluções para a indústria de petróleo e gás.

O futuro centro internacional de pesquisa será construído numa área de 8 mil metros quadrados, ao lado do Laboratório Oceânico (Lab Oceânico) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe). O convênio é resultado de um acordo de cooperação tecnológica iniciado em fevereiro deste ano.

Para o diretor do Parque Tecnológico da UFRJ, Maurício Guedes, a vinda de um parceiro multinacional enriquece ainda mais a rede de pesquisa, desenvolvimento e inovação. Além de recursos para os desafios tecnológicos do pré-sal, serão criadas oportunidades para empresas de base tecnológica de menor porte e para pesquisas acadêmicas na universidade, antecipou Guedes.

Ele prevê até o fim de 2009 que de quatro a cinco empresas nacionais e internacionais instalarão novos centros de pesquisa voltados para a exploração e a produção de petróleo na área do pré-sal no Parque Tecnológico da UFRJ, o que proporcionará investimentos de R$ 500 milhões nos próximos três anos.

“São centros voltados para o pré-sal, mas que atuarão também em outras áreas. Nós vamos criar aqui um ecossistema de muita vitalidade, envolvendo uma grande empresa como é a Petrobras, uma grande universidade como é a UFRJ, grandes empresas como a Schlumberger e um número cada vez maior de pequenas empresas, que possibilitarão a criação de um movimento virtuoso de tecnologia de inovação.”
O diretor do Parque Tecnológico disse ter certeza de que a descoberta do pré-sal está sendo fundamental para atrair esse grande número de empresas. “O Brasil passou a ser um país extremamente relevante para a indústria de petróleo no mundo e nós estamos sendo procurados por todas as grandes players dessa indústria.”

Para ele, o Brasil tem “cada vez maior importância no cenário econômico-político internacional e a descoberta do pré-sal coloca o país em um patamar inimaginável, até bem pouco tempo, no setor de petróleo e, por ser um petróleo localizado abaixo da camada do sal, o que se impõe às empresas é um desafio tecnológico nunca antes enfrentado”, avaliou.

O parque tecnológico

A UFRJ criou e instalou em seu campus da Ilha da Cidade Universitária, o parque tecnológico do Rio com o intuito de estimular o intercâmbio entre seus alunos e professores, com empresas que atuam em pesquisa, desenvolvimento e produção de bens e serviços em conhecimento. Localizado numa área com cerca de 350 mil metros quadrados, o espaço abriga empresas que formam um condomínio de conhecimento e empreendedorismo, com foco nas áreas de energia, meio ambiente e tecnologia da informação.

De acordo com Maurício Guedes, no Parque do Rio também são estimulados programas de estágio que proporcionam a prática das habilidades adquiridas em sala, e também garantem às empresas um acesso privilegiado a laboratórios, profissionais de alta qualificação e novas oportunidades de negócios.

Atualmente mais de 15 empresas estão instaladas no Parque Tecnológico entre elas a Clavis, Polinova, ZiDesing, Inovax e a BR Streams Tecnologia, que atuam nas mais variadas áreas desenvolvendo novas tecnologias. E para fazer parte desta lista as firmas devem ter perfil de forte atuação em pesquisa e buscar a interação com as demais atividades existentes na UFRJ.

Há diferentes maneiras de se instalar no Parque. As empresas nascentes da Incubadora de Empresas da UFRJ já têm lugar garantido. Outra opção é a concessão de uso, por um período de 20 anos, do terreno escolhido para a construção de sua unidade. Nesse caso, as obras podem ser feitas pela própria empresa ou pela administração do Parque, atendendo necessidades específicas para quem for se instalar no local. Outra opção é montar a empresa em uma das edificações de uso compartilhado.

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