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Edição 131      14 de setembro de 2006


Ponto de Vista

Pós do IQ: integrar para crescer

Leonardo Velasco

imagem ponto de vista

“A unidade é a variedade, e a variedade na unidade é a lei maior do universo!” É com essa frase de Isaac Newton em mente que a diretoria do Instituto de Química está promovendo mudanças em sua pós-graduação. Diretora adjunta de pós-graduação, Graciela de Klachquin vem trabalhando há dois anos em busca de uma maior integração entre os seis programas existentes atualmente, buscando uma unificação da pós.

A unificação da pós é motivada por diversos motivos, mas o mais gritante são as mudanças pelas quais a química está passando. A própria pressão dentro da universidade por um trabalho entre os vários centros de pesquisa da área, também é um causador. “Depois que unir aqui vai ficar muito mais fácil você discutir a química na UFRJ com as outras unidades que estão espalhadas”, afirmou Cássia Turci, diretora do instituto.

Buscando discutir o assunto, o IQ organiza o quarto evento em dois anos que visa integrar mais seus componentes. Nos dias 20 e 21 de setembro ocorre o II encontro da pós-graduação do Instituto de Química-UFRJ. A professora Graciela de Klachquin conversou com o Olhar Virtual sobre as mudanças na pós.

“Nós temos seis programas de pós-graduação e até bem pouco tempo atrás - uns dois ou três anos - cada um deles funcionava mais ou menos independentemente, não tinham uma política comum de funcionamento. Desde que a professora Cássia é diretora do instituto, decidimos tentar que todo o programa atue como uma única pós-graduação, a pós do Instituto de Química.

Hoje, já estão homogeneizadas as normas de credenciamento dos professores, o exame de seleção de mestrado e doutorado, exame geral de conhecimento de doutorado. Tudo isso é igual nos seis programas. Agora estamos fazendo um trabalho com as disciplinas. Queremos todas com um código único a fim de que todas juntas façam sentido. Formar uma grade curricular única, onde só tenha reforço de determinada disciplina, dependendo da área onde o aluno vá fazer doutorado, mas assegurando uma conexão entre todas elas.

Ao longo da história a química se dividiu. Hoje em dia ela não se divide mais em química orgânica, analítica, etc. Existe uma inter-relação muito grande entre as áreas e nossos programas ainda preservam essa separação.

Não só para nós, mas para todos, o futuro da química exige que se apaguem essas divisões clássicas e surjam novas divisões baseadas em grandes áreas como meio ambiente, alimentos, nanociência, química teórica, em que cada tema abranja as tradicionais divisões, mas outras coisas também. O que nós queremos é que nossa pós-graduação acompanhe esta mudança. Então, devemos estimular a interação entre professores que hoje em dia são desses diferentes programas, mas trabalham em uma mesma linha temática, a fim de que trabalhem juntos, independentemente do programa de cada um.

Sobre as pressões externas, o papel da pós-graduação brasileira, como deve ser em qualquer lugar do mundo, é formar recursos humanos de alto nível. Nosso papel é formar profissionais que possam trabalhar na fronteira do conhecimento.

A universidade tem que se renovar o tempo inteiro para se adaptar às mudanças do mundo, principalmente uma universidade pública, que tem esse papel de desenvolvimento científico, tecnológico, social e econômico.

Para isso, temos que nos modernizar, acompanhar os avanços da química. De outro jeito não poderemos formar profissionais nem para ensino, nem para pesquisa, nem para trabalhar no mercado externo.

Hoje em dia já existe uma consciência da maior parte dos professores daqui de que nós somos um Instituto de Química e todos trabalhamos atrás de um mesmo objetivo.O tempo todo nós temos que ir crescendo junto com a ciência da humanidade”.

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