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Edição 129      31 de agosto de 2006


Ponto de Vista

Educação a distância

Mariana Borgerth

imagem ponto de vista

Há um assunto hoje que está gerando muita discussão entre os profissionais ligados à Educação: a formação a distância de professores, pedagogos e pesquisadores. Renato José de Oliveira, diretor da Faculdade de Educação (FE) da UFRJ, doutor em Educação pela PUC-RJ e professor Adjunto IV do Departamento de Fundamentos da Educação dá sua opinião sobre a questão. Ele participou ativamente, entre os dias 23 e 25 de agosto, do FORUMDIR – encontro que reuniu na FE diretores de universidades federais, estaduais e outras entidades formadoras de profissionais de Educação.

“Assim como o FORUMDIR a Faculdade de Educação concorda que o ensino à distância é uma realidade e nos interessa. Porém temos que discutir amplamente a questão, tanto aqui na faculdade como na UFRJ, para então desenvolver trabalhos pedagógicos consistentes.

No FORUMDIR foi dito que as primeiras instituições que sentem as conseqüências das medidas adotadas pelo Ministério da Educação são as universidades federais. Mesmo que em alguns centros a implementação da Educação á Distância esteja acontecendo de modo acelerado, isso não ocorre na UFRJ. Creio que primeiro é preciso estabelecer uma política de caráter global com respeito à prática, superando o caráter fragmentado e pontual das experiências desenvolvidas até o momento.

Na Faculdade de Educação não existe, no momento, nenhum curso a distância nem semi-presencial. Mas sabemos que há demanda por essas modalidades, principalmente em nível de pós-graduação.

É preciso traçar políticas também quanto ao sistema de avaliação. Acredito que deva ser diferenciado quanto aos resultados, porque o tempo de duração dos cursos e o número de formados são diferentes, mas não quanto ao rigor dos critérios empregados.

A principal conclusão do FORUMDIR foi dar prioridade ao sistema presencial de ensino na formação inicial de professores. Isso porque assim como eu, a maioria dos membros que estavam no encontro entende que esta política pode suprir lacunas no que diz respeito à oferta de cursos de especialização e na formação continuada.

Mas não se pode pensar no ensino à distância como solução miraculosa para os problemas educacionais brasileiros. O importante é ter a clareza de que esta é uma modalidade complementar de ensino, que não substitui o sistema presencial.”

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