• Edição 255
  • 23 de junho de 2009

Tome Nota

Saúde fonoaudiológica nas escolas públicas

Thiago Etchatz - AgN/ CCS


Tendo em vista a carência da Educação Básica no estado do Rio de Janeiro, a Coordenação de Extensão da Decania do Centro de Ciências da Saúde (CCS), com apoio do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina (FM) da UFRJ, desenvolve o projeto “Promoção da Saúde Fonoaudiológica nas Escolas Públicas do Rio de Janeiro”. A partir do segundo semestre, escolas públicas do estado receberão palestras, triagens e orientações visando à melhoria da saúde fonoaudiológica de professores, alunos, funcionários e, até mesmo, dos pais.

O projeto é divido em quatro áreas distintas: voz, audição, linguagem e motricidade oral. Não será desenvolvido um trabalho terapêutico, mas de promoção, através de orientação, palestras e triagens com pais, alunos, professores e funcionários das escolas públicas.

– A criança não está escutando bem? Quais são os indícios e o que a mãe pode fazer? Para onde deve encaminhar? Por que a criança deve mastigar bem ao comer? A criança está falando os fonemas corretamente? Em que idade? Por que não devemos gritar? Todo esse tipo de orientação está inserido no nosso projeto. Além de orientarmos os professores quanto aos cuidados relacionados ao uso da voz, para que possam ter saúde vocal e não acabem tendo nódulos, que é a patologia mais comum – esclarece Ângela Garcia, coordenadora do projeto.

Em fase de estruturação, a iniciativa está selecionando alunos do curso de Fonoaudiologia para atuar nas escolas públicas de todo o estado. “Visamos atender escolas públicas de qualquer município do Rio de Janeiro, mas queremos iniciar o trabalho atendendo escolas da Ilha do Governador”, diz. “Promoção da Saúde Fonoaudiológica nas Escolas Públicas do Rio de Janeiro” é uma iniciativa da UFRJ para devolver à população o investimento que lhe é dispensado.

– Vemos todos os dias nos jornais que a Educação Básica está precisando de auxílio. Esse foi um dos motivos que nos levou a essa ideia. Por que os alunos têm tanto déficit? Será que eles não têm um problema fonoaudiológico? Então nós queremos dar a contribuição da Fonoaudiologia para a melhora do ensino. Por exemplo, se o curso de Psicologia fizer um projeto para ver quais os problemas emocionais que afetam essas crianças e os professores, e assim por diante, com tudo isso a tendência é melhorar – conclui Ângela.