• Edição 221
  • 16 de setembro de 2008

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Cinema no Museu

Júlia Faria

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O Museu Nacional (MN) da UFRJ inaugurou na última segunda-feira, 15 de setembro, a sala de vídeo Major Luiz Thomas Reis. Para marcar a inauguração, teve início no mesmo dia a mostra UFRJ Vídeo 2008, que se estende ainda até o dia 21 desse mês.

Segundo Eliane Frankel, coordenadora de eventos do Museu Nacional, a produção audiovisual realizada por pesquisadores do MN é crescente. “Cada vez mais, vemos pesquisas e expedições científicas serem documentadas em vídeo. E era notável a necessidade de um espaço aqui no Museu que pudesse propiciar uma maior proximidade entre essa produção e o público interno e externo”, afirma a coordenadora.

A sala, que conta também com uma ilha de edição, tem capacidade para 27 lugares e foi construída com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). O nome do espaço, Major Luiz Thomas Reis, foi inspirado no militar que é considerado um dos precursores do documentário brasileiro, tendo registrado em vídeo os trabalhos exploratórios realizados pela Comissão Rondon no início do século XX.

Além de ser disponibilizada para que professores ministrem aulas, a sala deve abrigar, após o UFRJ Vídeo 2008, novas programações de exibição de documentários destinadas ao público que freqüenta a Quinta da Boa Vista. O objetivo, de acordo com Eliane, é desenvolver a cultura de assistir a vídeos científicos. A organizadora ainda informa que há no Museu um projeto para elaboração de um clipe com vídeos do Major Luiz Thomas Reis e que deve ser exibido permanentemente na sala.

Sérgio Alex Azevedo, diretor do Museu Nacional, acrescenta que o objetivo principal com a criação da sala é difundir a produção interna. Além disso, segundo o professor, é imprescindível permitir o avanço da divulgação da ciência através da produção audiovisual. “No Museu essa produção tem se intensificado muito nos últimos tempos, apesar de já ser feita desde o início do cinema brasileiro, uma vez que os roteiros dos vídeos realizados pelo Major Luiz Thomas Reis eram elaborados por pesquisadores do Museu”, afirma Azevedo.

I UFRJ Vídeo 2008

Visando despertar a curiosidade para a ciência através da produção audiovisual, o Museu Nacional abriga até 21 desse mês o UFRJ Vídeo 2008. Composta por vídeos com temáticas amparadas em Antropologia, Arqueologia, Paleontologia, Biologia Marinha, Dança e Comunicação Social, a mostra apresenta documentários que registram o trabalho de campo de pesquisadores do Museu e de outros locais da UFRJ.

Durante a semana, o UFRJ Vídeo apresenta, após as sessões, debates com os diretores e pesquisadores dos vídeos exibidos, visando discutir a produção em cinema e as especificidades das pesquisas retratadas. Já no sábado e no domingo, a programação restringe-se aos documentários, sem a realização de debates. As sessões ocorrem entre 10h e 16h com distribuição de senhas meia hora antes.

A mostra traz o lançamento de "Caçadores de Dinossauros", da Terra Brasilis Produções. O vídeo traz o registro de uma expedição coordenada pelo paleontólogo Alexander Kellner, documentando a viagem de 30 dias rumo ao Mato Grosso. O UFRJ Vídeo 2008 destaca ainda o documentário "Arquipélago de São Pedro e São Paulo", dirigido e produzido por Fernando Moraes, pesquisador do Museu. O vídeo, que foi premiado no Festival de Cinema e Vídeo Científico do Mercosul 2006, aborda as riquezas da biologia marinha das ilhas.

A mostra tem entrada franca. A programação completa com horários e sinopses dos vídeos pode ser conferida no site http://www.museunacional.ufrj.br/video.