• Edição 200
  • 24 de abril de 2008

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UFRJ sediará incubadora de petróleo

Miriam Paço – AGN/CT

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Está previsto para o segundo semestre de 2008 o início das obras de construção de uma incubadora de petróleo no Parque Tecnológico do Rio de Janeiro, localizado na ilha da Cidade Universitária.

O projeto se tornou viável a partir do financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que lançou uma carta convite para incubadoras na área de Petróleo e Gás. No convite, a empresa determinava que cada uma das incubadoras poderia elaborar um projeto dentro de uma estimativa de até três milhões de reais.

Por ter idealizado um plano com 50% desses recursos, a UFRJ foi contemplada. A vocação natural do Fundão para a área de Petróleo e Gás também foi um fator que contribuiu para a escolha da universidade, já que tanto a presença do Centro de Pesquisas da Petrobrás (CENPES) como as parcerias desenvolvidas pela UFRJ nas últimas duas décadas possibilitaram a formação de expertise atraente para os investimentos.

Parte dos recursos oriundos da Finep, somados aos da própria universidade, vai ser destinada à construção do primeiro andar da incubadora, onde serão desenvolvidas as atividades de indústria e de produção. Há também a expectativa de que sejam construídos mais dois andares para possibilitar o funcionamento de até 25 empreendimentos. O restante das verbas deve financiar a internacionalização das empresas que comporão a incubadora.

Regina Faria, gerente da incubadora de empresas do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ), conta que a idéia da incubadora de petróleo foi uma resposta natural à infra-estrutura existente na universidade: “Quase todas as nossas empresas têm uma relação comercial com o setor de petróleo”, afirma.

A pesquisadora explica ainda que, como a incubadora tem recursos para programas especiais, para internacionalização das empresas e para atrair investidores, as empresas incubadas terão chances de crescer mais rápido, acelerando o retorno para a sociedade e universidade.

– Ela não deve gerar empregos significativos, mas estágios importantes para os alunos da Graduação em diversas áreas, com destaque maior para a área tecnológica, que é o foco da iniciativa – ressalta.

Além disso, a meta da incubadora é gerar incremento nas exportações brasileiras. De acordo com Regina, existem recursos destinados para internacionalização das empresas incubadas, através da criação de páginas eletrônicas, folders e cursos de línguas. Ela destaca que existe abertura de mercado na América Latina e Angola e que as empresas já nascem pensando na atividade internacional. Apesar de não ser importante fechar um contrato desse porte logo no primeiro ano de existência, a idéia é que o negócio surja com essa missão.

Para Regina, a geração de negócios inovadores traz benefícios para a universidade. “O maior deles talvez seja o efeito demonstrativo, para os demais alunos, de que é possível  transformar conhecimento em negócio. Além desse, pode haver transferência de tecnologia e geração de recursos através de royalties”, conclui a gerente.