• Edição 123
  • 20 de julho de 2006

No Foco

Divisão preserva imóveis tombados da UFRJ

Leonardo Velasco

foto no foco

Desde que assumiu a direção do Escritório Técnico da Universidade (ETU/UFRJ), em 2002, Maria Ângela Dias se preocupou com a conservação de 12 conjuntos arquitetônicos tombados por órgãos de tutela como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). Foi por esse motivo, que, em maio de 2004, foi criada a Divisão de Preservação de Imóveis Tombados, a Diprit.

“Não tinha nenhuma seção da universidade que fizesse isso. Há um setor de patrimônio, mas com outras atribuições. É diferente de você dispor de um setor que conheça a importância de cada um desses imóveis e possa providenciar as intervenções necessárias para a preservação de cada um deles”, afirmou Maria Ângela.

Em um primeiro momento, a sigla significou Divisão de Projetos de Imóveis Tombados, mas fazer o levantamento do prédio, o mapeamento dos danos, levantar toda sua história, definir como seria a atuação e depois fazer um projeto para o uso se mostrou uma atribuição muito grande para a divisão, que passou a se preocupar apenas com a preservação.

Hoje, a Diprit orienta o projeto de uso e de restauro, que pode ser feito contratando-se uma empresa, o que agiliza a intervenção. Durante a obra, a divisão tem uma pessoa especializada para acompanhar o processo. Atualmente, dos doze prédios tombados, oito já receberam algum tipo de serviço dos arquitetos da divisão.

No momento, duas obras concentram maior atenção. A Casa do Estudante Universitário, que fica na Avenida Rui Barbosa, 762, no Flamengo, está em fase de finalização da segunda etapa e em breve acolherá o Colégio Brasileiro de Altos Estudos. A outra intervenção de restauro acontece no Palácio Universitário, no campus da Praia Vermelha, que procura preservar as características arquitetônicas neoclássicas deste prédio. Por se tratar de um patrimônio nacional, vem sendo elaborado um novo plano de ocupação, a fim de assegurar um uso mais adequado e menos agressivo às instalações.

Segunda a diretora do ETU, antes da Diprit as reformas nesses prédios eram feitas de maneira isolada, sem uma ponte com a reitoria e com um relacionamento pessoal e direto com os órgãos de tutela. Por este motivo, a formalização do relacionamento com estes órgãos foi uma das principais preocupações da divisão.

A ex-diretora da divisão, Cláudia Nóbrega, revela os passos adotados com tais órgãos públicos: “Criamos um relacionamento ótimo com os órgãos. Sentávamos juntos e discutíamos. A gente passava lá, ou eles vinham aqui, e apesar de entrar oficialmente com o processo para aprovação, a solução já estava desenhada no rascunho e então não atrasava tanto como antes”. O novo diretor da Diprit, que ainda será empossado, é o arquiteto Paulo Bellinha.

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