• Edição 119
  • 21 de junho de 2006

De Olho na Mídia

Esculturas e pinturas na biblioteca

Ateliê em obras leva alunos de belas artes a procurar espaço alternativo para mostrar seus trabalhos

Até o dia 30, os insulanos poderão conferir os trabalhos de 21 alunos da faculdade de Belas Artes da UFRJ em exposição na biblioteca Euclides da Cunha, no Cocotá. Ao todo, são 40 obras, entre elas, seis esculturas.

A idéia de transformar a biblioteca em galeria partiu de Thereza Nabuco, uma das alunas do curso, diante da falta de espaço para expor na universidade. O ateliê de pintura da escola, conhecido como Pamplonão — uma homenagem ao cenógrafo Fernando Pamplona — passa por obras de manutenção.

— É uma experiência muito válida mostrar nosso trabalho fora, já que na faculdade o espaço é restrito. Assim, muita gente que normalmente não tem acesso à arte, passa a ter — comemora Thereza, que não gosta do rótulo de curadora. — Acho muito formal. Apenas dei um gás na turma.

Para incentivar a participação de todos, Thereza não restringiu a exposição a nenhuma técnica. E cada aluno teve a liberdade de escolher os trabalhos que gostaria de ver na mostra. Há pinturas em óleo ou com tinta acrílica, aquarelas e esculturas em pedra e arame.

— Ficamos tão isolados na faculdade! É sempre interessante expor fora, assim temos um público bem maior — acredita Pina Brandi, que participa da exposição com a tela “Quantas caras tem uma mulher?”, uma montagem de retratos de dezenas de rostos femininos.

A iniciativa animou tanto os novos artistas que eles já sonham com a próxima exposição, desta vez no aeroporto internacional. A biblioteca fica na Praça Danaides s/nº, no Cocotá.

Veículo:Jornal O Globo    Data: 18/06/2006  Editoria: Jornais de Bairro, página 5   Caderno: Ilha

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