• Edição 115
  • 25 de maio de 2006

De Olho na Mídia

Ateliê ganha reforma contra chuvas

Os artistas plásticos não precisam mais temer chuvas e trovoadas sobre a Cidade Universitária. Uma reforma prevista para terminar em meados de agosto promete dar fim a goteiras e infiltrações que atingiam o ateliê de pintura da Escola de Belas Artes (EBA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Conhecido como Pamplonão — homenagem ao cenógrafo Fernando Pamplona, que idealizou a transformação do antigo ginásio esportivo em espaço das artes — o conjunto faz parte do Edifício da Reitoria, jóia da arquitetura moderna projetada por Jorge Moreira na década de 1950.

As obras começaram pelo teto do ateliê, que tinha buracos e cobogós (capelas de vidro com a função de permitir a entrada de luz natural) quebrados. A primeira parte da reforma, que começou em 10 de abril, está orçada em R$ 423 mil e segue a todo vapor.

Segundo a diretora da EBA, Ângela da Luz, as próximas etapas serão a troca da iluminação e a reforma do espaço usado por professores e alunos do curso de pintura.

— Essas obras eram aguardadas há muitos anos. A reforma do telhado era a mais emergencial, pois as goteiras ameaçavam as obras de arte e danificavam o mobiliário da faculdade — diz.

Enquanto os operários trabalham, as aulas de pintura foram deslocadas para um ateliê improvisado num antigo depósito da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), no térreo do edifício. O espaço apresenta os mesmos problemas do Pamplonão: goteiras, vidros quebrados e infiltrações no teto. A estudante Nancy de Souza lamenta os problemas, mas admite que o sacrifício será recompensado:

— A reforma do Pamplonão era mais do que necessária. Estou satisfeita, mas preocupada com o prazo estipulado para o fim da reforma.

 

Veículo:Globo Online – RJ    Data: 21/05/2006